A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias, decidiu negar pedido e manter atrás das grades o empreiteiro Genilton da Silva Moreira, da Base Construtora, que é apontado como elo entre os esquemas de corrupção entre Terenos e Bonito.
Ele é peça-chave nas investigações do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), já que aparece como principal beneficiado de fraudes em licitações em pelo menos três operações: Velatus e Spotless, em Terenos, e Águas Turvas, em Bonito.
Reportagem do Midiamax revelou que Genilton Moreira e a esposa, Nádia Mendonça Lopes, que está em prisão domiciliar, são sócios proprietários da Lopes & Lopes Construtora e Empreiteira (CNPJ 28.870.142/0001-29) faturaram mais de R$ 8,7 milhões em contratos públicos nos últimos anos.
Na decisão da magistrada, a juíza entendeu haver necessidade de manter a prisão de Genilton Moreira para garantia da ordem pública e para que o investigado não atrapalhe as investigações. Isso porque, segundo o Gecoc, Genilton Moreiracontinuou atuando no esquema ilícito, mesmo após ter conhecimento das investigações contra ele.
O empreiteiro está preso, atualmente, em razão de mandado de prisão preventiva no contexto da Operação Águas Turvas. No pedido feito pelos seus advogados, Genilton Moreira também pediu para a juíza avaliar a possibilidade de aplicar medidas cautelares diversas da prisão como tornozeleira eletrônica, por exemplo. Mas, continuará preso.