Após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, morta pelo ex-noivo Caio Nascimento em Campo Grande (MS), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que quer mudar as regras no funcionamento das Casas da Mulher Brasileira pelo país.
Para isso, a ministra anunciou que a ONU Mulheres vai atuar, a partir de março, no monitoramento dos serviços de assistência às mulheres vítimas de violência. Atualmente, o Brasil tem dez Casas da Mulher em funcionamento.
São espaços que abrigam mulheres que estão em risco no ambiente doméstico e onde são oferecidos atendimentos em diversas áreas. Há cerca de duas semanas, a jornalista Vanessa Ricarte foi esfaqueada pelo ex-noivo após uma denúncia de violência e cárcere privado.
Horas antes do crime, ela chegou a relatar a uma amiga que teria sido mal atendida por uma delegada de Polícia Civil que atende na Casa da Mulher Brasileira. Segundo Cida Gonçalves, houve falhas no atendimento.
A ministra das Mulheres também falou sobre o carnaval. Durante a folia, a pasta leva a campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada” para foliões e foliãs de todo o Brasil. Cida Gonçalves explica que é importante a conscientização de homens e mulheres contra esse tipo de violência.
“Não é não. Se a mulher não quer, você não pode”, afirmou. A ministra das Mulheres voltou a defender uma lei que garanta a representatividade feminina no Congresso Nacional. Segundo a ministra, o sistema de cotas para candidaturas não funciona.