ÁPor determinação do governador Eduardo Riedel, o plano aeroviário de Mato Grosso do Sul terá de cerca de R$ 250 milhões para desenvolver a infraestrutura aeroportuária de todas as regiões. Com 20 aeroportos em 19 cidades, o plano estadual objetiva a construção, reforma e ampliação de aeródromos em benefício dos setores produtivo, comercial, turístico, ambiental e até da saúde.
O secretário Hélio Peluffo, da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), explicou que o governador determinou um projeto para Mato Grosso do Sul para que o Estado possa prospectar aeroportos nos 79 municípios, atendendo os diversos setores econômicos e criando uma estrutura de acesso rápido às regiões.
Ele revelou que o Estado tem obras em andamento em nove aeroportos, como melhorias, cercamento, iluminação e recomposição do pavimento. Também há investimentos contratados em três novos projetos: ampliação do Aeroporto de Santa Maria, em Campo Grande, e de melhorias nos aeroportos de Costa Rica e Bonito.
Além das obras em andamento e dos projetos contratados, a Seilog tem sete projetos para a área da aviação em Água Clara, Campo Grande (Santa Maria), Inocência, Maracaju, São Gabriel do Oeste e Corumbá (um na Nhecolândia e outro no Morro do Azeite). Estudos da Secretaria ainda tratam da viabilidade de novos aeródromos em Amambai, Aquidauana e Mundo Novo.
Maracaju é uma das regiões que mais produz soja em Mato Grosso do Sul e tem apelo comercial e empresarial muito grande, enquanto Inocência vai receber investimento de U$ 3 bilhões da Arauco (indústria de celulose), gerando emprego e melhorando a qualidade de vida.
Raio-x dos aeroportos
Nove aeroportos do Estado passam por obras de melhorias. Em Bonito, o Estado trabalha na troca da cobertura do terminal de passageiros. Em Camapuã, no cercamento da pista e no projeto para restauração do pavimento existente. Em Cassilândia, no cercamento.
O aeroporto de Dourados conta com dois projetos em andamento: um do Exército Brasileiro, que faz a recomposição da pista e toda infraestrutura do lado ar (lado de pista); e outro do Governo do Estado, que executa o projeto do novo terminal de passageiros.
As estruturas de Jardim, Naviraí e Paranaíba recebem cercamento e já possuem projeto de restauração do pavimento. Em Nova Andradina, o Estado executa a rodovia de acesso ao aeródromo. Em Porto Murtinho, o cercamento com guarita e o projeto da sinalização horizontal.
Entre os investimentos em processo de contratação ou licitação, estão o Aeródromo de Costa Rica, onde será construído alambrado; o de Bonito, que passará por reformas nas valas de drenagem; e o de Santa Maria, em Campo Grande, que vai passar por estudos de PCN – Paviment Condiction Number (Número de Condição de Pavimento, em português), para verificar a capacidade de carga que a pista de pousos e decolagens suporta. Isso proporcionará a operação de aeronaves maiores e mais pesadas.
Outros sete projetos estão em andamento para implantação: Água Clara, Santa Maria, Inocência, Maracaju, São Gabriel do Oeste, Nhecolândia e Morro do Azeite.
Em Água Clara, a Seilog formalizou convênio para a Prefeitura Municipal comprar o terreno onde será implantado o aeroporto, que será construído através de parceria com uma indústria de MDF instalada na cidade. Na Capital, o Aeroporto de Santa Maria passará por ampliação.
Na cidade de Inocência, o aeródromo será construído em uma área já comprada pela Prefeitura Municipal. O processo de contratação do projeto para implantação já foi aberto. Em Maracaju, um novo aeroporto será construído em uma área afastada do centro da cidade. Em São Gabriel do Oeste, o Estado vai implantar uma pista de asfalto no aeródromo existente, que hoje é de cascalho.
Pantanal
Um dos objetivos do Estado é estruturar aeroportos no Pantanal da Nhecolândia e na região do Morro do Azeite para desenvolver a logística e a infraestrutura aeroportuária, dando agilidade nas ocorrências de incêndios florestais e também no atendimento de saúde de ribeirinhos e outras pessoas que vivem e trabalham no bioma alagado.
O secretário Hélio Peluffo ressalta a importância estratégica dos aeroportos para a região, pois vai atende o Air Tractor (avião de combate à incêndio) para que os bombeiros possam pousar e em caso de incêndio rapidamente conter o fogo. Esses aeroportos também atendem a saúde, já que o Estado precisa socorrer rapidamente o bem estar das famílias que vivem na região em caso de necessidade.
Em fase de projetos, os aeródromos da Nhecolândia e do Morro do Azeite serão construídos com pista, pátio e cercamento. O da Nhecolândia terá estrutura para os bombeiros e para o Air Tractor, que precisa ser abastecido, além disso 0 projeto contempla um reservatório com água, para uso da aeronave e um ponto de apoio para os militares, com alojamento e espaço para mantimentos.
Análises para outros investimentos na rede de aeroportos do Estado também estão em andamento. Está no plano aeroviário de Mato Grosso do Sul a estruturação de um aeroporto em Amambai; a reforma no aeródromo de Aquidauana, que precisa de uma pista pavimentada; e a construção de um campo de aviação em Mundo Novo, que já possui um terreno comprado pela Prefeitura Municipal para este fim.