De acordo com a Derf, membros do grupo já haviam sido presos em abril deste ano pelos mesmos crimes, mas foram beneficiados com medidas cautelares ou liberados por não terem antecedentes criminais. Naquela ocasião foram detidos Solange Ferreira Lima, 47 anos, Luiz Gustavo Brunetto, 24 anos, Valdeir Pereira de Moraes, 27 anos, Rafael Ferreira Fernandes, 27 anos, e Bruno Norberto Artur, 21 anos.
Luiz Gustavo e Valdeir de Moraes foram mantidos presos, já Rafael Ferreira e Bruno Norberto foram liberados mediante monitoramento eletrônico, e Solange Lima teve a prisão convertida em domiciliar. Agora, nesta semana, esses últimos três foram novamente flagrados cometendo os mesmos delitos, sendo que Rafael Ferreira foi detido e permanecerá preso, sem direito a pagamento de fiança.
Além dele, Vitor Emmanuel de Oliveira dos Santos, de 20 anos, também foi detido, mas ganhou liberdade provisória mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Em abril, Rafael Ferreira conseguiu a mesma liberdade concedida a Vitor dos Santos, já que não tinha antecedentes criminais, mas, agora, diante do cometimento de novos crimes, permanecerá detido. De acordo com o Poder Judiciário, Rafael Ferreira é natural de Franca (SP), é casado, tem ensino médio incompleto e morava na região leste da Capital com a esposa e três filhos, um de seis anos, outro de dois anos e o mais novo de seis meses.
Ele e seus comparsas mantiveram o modus operandi praticado em abril, ou seja, acessavam casas de condomínios de alto padrão e subtraíam pertences de alto valor, que eram vendidos por Solange posteriormente. O furto de somente uma casa rendeu à quadrilha R$ 500 mil de “lucro”. Conforme a Derf, imagens divulgadas nas redes sociais dos suspeitos mostraram que o grupo estava “usufruindo de bens, viagens, veículos e objetos de marcas renomadas, sendo tudo fruto do dinheiro arrecadado com a venda dos bens subtraídos das residências das vítimas”.
Eles fingiam ser trabalhadores da construção civil para se infiltrar em condomínios como Terra Ville, Damha, Golden Gate e Vilas Park. No dia 13, os policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão em seis endereços e conseguiram recuperar celulares, documentos, dinheiro em espécie, veículos e objetos retirados das vítimas, além de alguns bens que teriam sido comprados com valores furtados.
Os criminosos entravam escalando os muros dos condomínios, cortando a cerca elétrica ou concertinas. Inativando o sistema de segurança, eles invadiam as casas mais próximas ao muro de terrenos com obras ou vazios. Segundo os criminosos, as residências eram escolhidas de maneira aleatória, pelo menos inicialmente. Eles observavam se havia pessoas no momento da ação, carros estacionados, luzes acesas ou não. Após a análise prévia, entravam nas casas rompendo obstáculos também, arrombando portas e janelas.