Na denúncia apresentada pelo MPE (Ministério Público Estadual), consta que no fim de janeiro a vítima passou a receber mensagens pelo celular. No dia 30 de janeiro, o tenente teria feito comentários sobre a foto da cabo no WhatsApp.
Já no dia 3 de fevereiro, ele enviou uma mensagem de cunho sexual, dizendo que tinha sonhado com a vítima. “Tive que me levantar e sair correndo para o banheiro e ficar vários minutos embaixo do chuveiro frio”, disse.
Além das mensagens, consta na denúncia que o acusado se aproximava da colega no local de trabalho para conversar. Ele ainda tentava encostar o corpo na vítima, a deixando desconfortável.
O assédio chegou a tal ponto que a cabo pediu para as colegas de trabalho que não a deixassem sozinha com o acusado, por medo. O MPE indica que o oficial da PM atua em cargo superior no batalhão em que era lotado com a cabo.
Em 19 de fevereiro, a cabo PM recebeu no prédio em que mora uma encomenda. O presente era um buquê de flores com um cartão anônimo, que a vítima jogou no lixo ao chegar ao batalhão. O acusado chegou a confessar que tinha enviado as flores e a vítima teria ficado nervosa com o fato.
O caso foi denunciado ao subcomandante e chegou até ao MPE. O militar foi denunciado pelo assédio sexual e também por ter usado do sistema da polícia para ter acesso ao endereço da vítima, maneira como enviou para ela as flores. Os crimes estão previstos nos artigos 216-A do Código Penal e 319 do Código Penal Militar.
Ele se tornou réu no dia 12 de agosto, quando a denúncia foi recebida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar. Não há prazo para que o caso seja julgado. Com informações do site Midiamax