A Polícia Nacional do Paraguai fechou o cerco a sete cidadãos paraguaios investigados por transferir diariamente pelo menos US$ 2 milhões às contas bancárias de “laranjas” da organização criminosa comandada pelo narcotraficante brasileiro Luiz Carlos da Rocha, mais conhecido como “Cabeça Branca”.
O dinheiro era transferido através de transações eletrônicas e sacado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), e em Ciudad del Este, também no Paraguai. A ministra Zully Rolón, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), disse que os comparsas de “Cabeça Branca” foram identificados após minuciosa investigação envolvendo órgãos paraguaios e brasileiros.
A ministra não quis divulgar os nomes dos paraguaios investigados, pois nada foi encontrado nas buscas que justificasse prisão em flagrante. Apenas documentos e arquivos de computador foram apreendidos. Um dos locais vasculhados pela Senad foi a Uniexpress Casa Cambiária, localizada a poucos metros do território sul-mato-grossense, no centro comercial de Pedro Juan Caballero.
Os mandados cumpridos no Paraguai fazem parte da Operação Fluxo Capital, uma das duas operações desencadeadas pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Roraima e Mato Grosso. “Essas sete pessoas movimentavam diariamente até US$ 2 milhões e retiravam o dinheiro em Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, dinheiro do tráfico de drogas e de armas”, afirmou a ministra.