Juiz quebra sigilo de sócios da RSI Investimentos acusados de golpe milionário. A sujeira vai aparecer!

O juiz federal Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, determinou a quebra do sigilo bancário, entre 2017 e 2021, dos sócios da RSI Consultoria e Investimentos, acusados de integrar organização criminosa que deu golpe milionário em aproximadamente dois mil investidores. De acordo com o site O Jacaré, o objetivo é apurar o valor recebido pelos acusados em troca da promessa de ganhos de até 400%.

O golpe foi desarticulado na Operação Romeu Sierra Índia, deflagrada em 1º de setembro do ano passado pela Polícia Federal. O magistrado pontuou que a suspensão do sigilo teve o aval dos réus Clodoaldo Pereira dos Santos e José Paulo Alfonso Barros, que tiveram a prisão preventiva revogada neste mês, sendo que estavam presos desde de setembro do ano passado.

Luiz Augusto Fiorentini ressaltou que a defesa abriu mão do sigilo bancário, o que facilitou a medida sem delongas e justificativas, entretanto, frisou que a quebra do sigilo bancário seria determinada de qualquer forma. Ele determinou a quebra do sigilo de 1º de janeiro de 2017 até 17 de maio do ano passado. A XP Investimentos e Terra Investimentos DTVM deverão enviar, no prazo de 10 dias, os extratos bancários com os valores recebidos e enviados por Clodoaldo dos Santos e por José Paulo Barros no período.

Os sócios da RSI são acusados de ter dado golpe em investidores, como policiais, empresários, advogados e juízes. O total movimentado pelo grupo seria de aproximadamente R$ 60 milhões. Parte do dinheiro teria sido enviado ao exterior e deixou milhares de investidores sem um tostão. Eles estavam presos desde setembro do ano passado e tiveram a prisão preventiva revogada nesta semana.

Luiz Augusto Fiorentini argumentou que a instrução criminal estava concluída e, apesar do risco de os empresários fugirem, já que o primeiro reside em Amambai (MS) e o segundo em Ponta Porã (MS), contrariou o parecer do MPF (Ministério Público Federal) e autorizou a soltura mediante o comparecimento em juízo a cada três meses.

José Paulo Barros, acusado de ser um dos sócios da RSI Consultoria e Investimento, foi a Londres, na Inglaterra, para liberar US$ 15 milhões – o equivalente a R$ 79,2 milhões na cotação oficial – para repatriar e manter o esquema. Esses dados foram revelados em despacho publicado no ano passado pelo juiz Dalton Kita Conrado, titular da 5ª Vara Federal.

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