O vereador e médico Diogo Castilho (DEM), de Dourados (MS), que foi preso após agredir a própria noiva, foi levado para a PED (Presídio Estadual de Dourados). A juíza Rosângela Alves de Lima Fávero negou pedido de habeas corpus e determinou a transferência dele da delegacia para o presídio.
O advogado de defesa Renan Pompeu disse que irá entrar com novo pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça, alegando residência fixa, sem antecedentes criminais e emprego fixo e lícito. No pedido, o advogado vai pedir a substituição da prisão por medidas cautelares.
Ao decretar a prisão preventiva do parlamentar, a magistrada relatou que não há nos autos indicativos de que o vereador tenha outra residência para morar, além da que vive com a vítima. Uma vez que ele não poderá voltar a viver com ela, resta necessária a conversão da prisão em preventiva.
Foi reconhecida ainda necessidade de garantia da ordem pública, uma vez que a vítima alegou já ter sido agredida em outras oportunidades. Ou seja, acabou demonstrado que a noiva vivia um relacionamento abusivo e isso aponta que, em liberdade, o vereador pode voltar a procurar a mulher e muito possivelmente prosseguir no comportamento de violência, podendo até resultar em crimes de maior gravidade.
Para a juíza, também não parece adequada a conversão do flagrante em medidas cautelares. O vereador foi preso no sábado (4), depois de agredir a noiva. De acordo com a Polícia Militar, o casal teve uma discussão, quando Diogo segurou a mulher pelos braços e a jogou na cama, a xingando. Ele começou a chacoalhar a vítima e ainda tentou esganar a mulher com as mãos e também asfixiar com um travesseiro. A noiva, então, teria dito que denunciaria o suspeito.
Com isso, o vereador então ameaçou “Se você me denunciar eu te mato”, “Você vai acabar com minha carreira política se fizer isso, eu mato você e toda a sua família”, conforme relato da vítima. Ele foi detido em flagrante e a mulher solicitou medida protetiva de urgência. Segundo a polícia, o estado físico e emocional da vítima comprovou a violência.
O filho do vereador estava na casa no momento das agressões, mas segundo a vítima não presenciou o fato. O pai teria dito para ele atender a porta quando os policiais militares chegaram e dizer que “estava tudo bem”, que tinha acontecido apenas uma briga de casal. Conforme o advogado Renan, o cliente nega com veemência os fatos. O caso foi registrado como ameaça, injúria e vias de fato, qualificados por violência doméstica. Com informações do site Midiamax