Sob um forte esquema de segurança, o poderoso narcotraficante paraguaio Clemencio González, mais conhecido como “El Gringo”, foi transferido, na tarde de ontem (07), da sua cela no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, em Assunção (PY), para o Instituto Nacional de Enfermidades Respiratórias e de Ambiente, na mesma cidade, após a contaminação por Covid-19. Ele estava preso desde o dia 22 de janeiro deste ano após ter sido capturado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).
A transferência foi autorizada pela juíza penal de Garantias do Departamento de Amambay, Mirna Carolina Ocampos, que tem sob sua jurisdição o caso de El Gringo. Para ser levado para o hospital, foi montado um forte esquema de segurança, que incluiu veículos e um grande efetivo de policiais para inibir uma possível tentativa de resgate do narcotraficante mais procurado do Paraguai. Ele seria uma das lideranças do tráfico na fronteira com Mato Grosso do Sul e foi preso em um condomínio.
El Grinco ainda tentou fugir, mas acabou se entregando. Conforme o comissário Gilberto Fleitas, da Polícia Nacional, El Gringo estava foragido há mais de 6 anos e é acusado de homicídios contra policiais, desafetos e concorrentes. A ele é atribuída a morte de Amado Felício Martinez, em 2004, após este ter se envolvido em um acidente que matou o irmão de Gringo. Como vingança, ele foi raptado e executado.
Clemencio González também seria responsável pelo roubo de 260 quilos de cocaína apreendidos na sede da Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero. No dia, a droga foi levada em carros particulares e, no local, os criminosos deixaram sacos de farinha. Vários policiais que teriam contribuído com o crime acabaram presos.