PCC completa amanha 24 anos, desafia autoridades da fronteira, e promete ataques coordenados

Nesta quinta-feira (31), a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) completa 24 anos de criação no Brasil e para lembrar a data os marginais estão anunciando uma série de ações coordenadas em Mato Grosso do Sul e no Paraguai. Em Campo Grande, o PCC jurou de morte cinco servidores penitenciários de Mato Grosso do Sul, conforme o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (SINSAP/MS), André Luis Santiago.

Já na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul a Polícia Federal brasileira alertou a Polícia Nacional do país vizinho de um possível plano de ataque do PCC contra várias prisões para remover seus condenados detidos nessas prisões. Também não descartam ataques e ataques a entidades financeiras.

No Estado, a identidade dos servidores ameaçados não foi revelada por medidas de segurança, mas André Santiago listou que três são da Capital, um de Dourados e outro de Naviraí. Segundo o presidente, eles foram jurados por descobrir esconderijos, achar drogas e aparelhos celulares nas celas e evitar tentativas de fuga dos criminosos.

De acordo com o presidente, a insegurança gira em torno dos servidores. “Não há respaldo, o poder público afasta por 10 dias, porém, o servidor não tem proteção especial”, frisou.

Santiago disse que há tensão a todo o momento nos presídios, porém, lembrou que sempre existiram ações criminosas em todo país, na data em que a facção comemora aniversário. Aumento de ameaça aos servidores, fogo em ônibus entre outros crimes que praticam, para enaltecer a data e mostrar poder.

Paraguai

No Paraguai, o aviso sobre o PCC foi feito para as unidades policiais localizadas na área da tríplice fronteira, com base em informações coletadas através de um trabalho de inteligência da Polícia Federal do Brasil. “O alerta é genérico. Não há dados mais precisos”, disse o comissário Richard Vera, chefe da Polícia de Homicídios Alto Paraná.

Os soldados do PCC estão distribuídos no Agrupamento Especializado, no Centro de Reabilitação Social (Cereso) de Encarnación e nas penitenciárias da Emboscada. Há 104 membros do grupo criminoso identificados, mas a Polícia trabalha com o número de mais de 200.

“Também não se descarta que o PCC possa efetuar um ataque contra alguma entidade financeira. Temos elementos confiáveis ​​fornecidos por agências de inteligência do Brasil, Argentina e do nosso país, o que nos leva a acreditar que algo como isso realmente será produzido, mas os meios estão sendo procurados para repelir”, disse Richard Vera.

Ele também explicou que, na tríplice fronteira, um grupo de inteligência foi formado para trabalhar em conjunto com seus homólogos brasileiros e argentinos na coleta de dados mais precisos que ajudam a abortar o plano que teria o grupo criminoso.