Só com novos exames, “rei da fronteira” poderá continuar desfrutando de prisão domiciliar

O empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 80 anos, que é réu em processos no âmbito da “Operação Omertà” e está preso desde o dia 19 de abril deste ano quando se entregou à Polícia Civil em Campo Grande, terá de ser submetido a novos exames médicos para manter o benefício de prisão domiciliar.

Segundo o site Midiamax, após pagar uma fiança de quase R$ 1 milhão, a Justiça concedeu prisão domiciliar a Fahd Jamil, que alegou ter graves problemas de saúde. O benefício foi concedido após laudos médicos apontarem que o “Rei da Fronteira” não tem condições de permanecer em cárcere.

O prazo da prisão domiciliar de Fahd Jamil vai até o próximo dia 30 de novembro e, para mantê-lo, terá que se apresentar e fazer novos exames no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal). O juiz Roberto Ferreira Filho, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, deu prazo de 48 horas para a defesa apresentar os quesitos ou ratificar os quesitos apresentados quando da primeira avaliação.

Segundo a decisão do magistrado, com a manifestação das partes quanto aos quesitos e aos assistentes técnicos, é para oficiar o IMOL para elaboração de novo parecer médico no prazo de 10 dias, mormente para expor o atual estado de saúde do réu Fahd Jamil e a imperiosa necessidade ou não dele permanecer em tratamento médico fora do ambiente prisional.

Desde que se entregou à Polícia Civil, o réu ficou em uma cela da sede do Garras e utilizava um aparelho de oxigênio. Ele chegou a passar por um procedimento no coração, uma angioplastia, no fim de maio. A necessidade da cirurgia foi constatada pelos exames médicos feitos após o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa.

Em 2020, Fahd Jamil foi alvo de mandado de prisão pela 3ª fase da Operação Omertà e permaneceu foragido por aproximadamente 10 meses. Ainda de acordo com informações, além dos problemas de saúde elencadas pela defesa no pedido de prisão domiciliar também foi relatado as ameaças recebidas contra ele e sua família por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).