Na primeira, o preso mostra como é a cadeia. “Olha a guarita, olha o muro, vem por cima, é só jogar os pombo aqui”, descreve ao mostrar os outros detentos na quadra. Em próxima postagem, mostra alimentos dentro da cela que ganhou. “Olha o fogãozinho do jeito que é”. Enquanto mostra a cela e outros pavilhões, ele afirma: “aqui que é a cadeia, aqui que nós fica enterrado vivo (sic)”.
Entre os 31 mil seguidores, dezenas comentam as postagens: “Que vocês saiam logo daí, sei bem do sofrimento”, comentou uma internauta. “Até o preso vira criador de conteúdo e eu não”, responde outra. Em outra publicação, ele mostra cachaça e afirma: “só criminoso, só bandido periculoso”.
Já nas próximas, posta selfies com os colegas de confinamento, mas, claro, tampando o rosto. Em uma das postagens feitas, o detento mostra o banho de sol, publicação que rendeu 316 mil curtidas. Apesar de serem vídeos antigos, até pela estrutura do prédio, que já foi pintado, eles só foram divulgados agora. A reportagem apurou que o autor ainda continua preso na Máxima.
Procurada, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) reiterou que os vídeos veiculados são antigos e “não condizem com a estrutura atual do presídio”. Ainda, segundo a pasta, o objetivo do sistema prisional de Mato Grosso do Sul é zerar as comunicações ilícitas nas unidades.
“A Agepen implantou tecnologias na revista de visitantes, com scanner corporal e scanner de bagagens. Está sendo providenciada a instalação de telamento (pois um dos principais problemas enfrentados são os arremessos externos de ilícitos, inclusive com o uso de drones). Também são realizadas inspeções regulares em celas pelos policiais penais, monitoração por parte do serviço de inteligência, inclusive integrado a outros órgãos da segurança pública”, finaliza.
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