O presidente do Paraguai, Mario Abdo, expressou preocupação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a situação gerada no país pelos grupos criminosos brasileiros Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV). O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Antonio Rivas Palacios, informou que o presidente Mario Abdo narrou a situação gerada pela presença dos grupos criminosos brasileiros no Paraguai.
Ele disse que Abdo Benítez disse ao presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, a visão da Tríplice Fronteira, onde numerosos criminosos do PCC e do Comando Vermelho foram depositados para serem entregues à Justiça Brasileira. As expressões de Rivas ocorreram antes da consulta sobre a preocupação recorrente do governo dos EUA sobre financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro na Tríplice Fronteira.
A Polícia Federal do Brasil garante que o PCC e o Comando Vermelho não apenas lavem dinheiro ilícito, mas também operem com o grupo terrorista internacional libanês Hezbollah. Por outro lado, para o governo de Mario Abdo é uma dor de cabeça a presença maciça nas prisões em todo o país de membros do Comando Vermelho e do PCC.
O ministro das Relações Exteriores Rivas também disse que a reunião na Casa Branca abordou questões de segurança, a cooperação de ambos os países no âmbito da luta contra o crime transnacional organizado, contra o narcotráfico. “Foram questões gerais, tópicos que discutiram a expansão da cooperação nesse contexto”, afirmou.
O ministro disse que também falou sobre o empoderamento da Polícia Nacional e das Forças Armadas, no sentido de facilitar a cooperação do Paraguai em uma estrutura de confiança para combater esses flagelos. Na reunião no Salão Oval da Casa Branca, essas questões foram apresentadas na presença do conselheiro presidencial do Conselho de Segurança Nacional Robert O’Brien.