Prefeita promete recorrer à Justiça contra seu “super salário”; mas por que ainda não fez isso?

Piada pronta? Seria cômico, se não fosse trágico. A “nobre” prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), teve a cara de pau de declarar, na última sexta-feira (3), que vai recorrer à Justiça contra o projeto de lei da Câmara Municipal que reajustou o salário dela de R$ 21.263,62 para R$ 35.462,22 a partir de 1º de março de 2023 e para R$ 41.845,48 em 1º de março de 2025.

A dúvida que fica é: por que ela ainda não fez isso? Afinal, o projeto foi aprovado há quase uma semana. Porém, a explicação dada pela “alcaide” é de que uma ação popular e uma recomendação ao TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) podem impedir o reajuste salarial.

Ora bolas, uma coisa não tem nada haver com outra, pois se a ação popular e a recomendação do TCE prosperarem, basta retirar o provável recurso que Adriane Lopes jura de pés juntos que ingressará na Justiça.

Mesmo assim, a prefeita insiste em afirmar que a proposta de reajuste teve começo, meio e fim no Legislativo, e que não teve a participação do Executivo. Ok, mas isso não a impede de refutar isso na Justiça, ou até mesmo, como sugeriu o presidente da Casa de Leis, vereador Carlão, de congelar os próprios vencimentos.

Porém, como não tem mais bobo no mundo do futebol, digo, da política, a prefeita alega que não pode fazer isso para não prejudicar o pleito de servidores feito há mais de 12 anos. Ela refere-se aos 408 dirigentes de autarquias que recebem “gordos” vencimentos, que passaram a ganhar por mês a módica quantia de R$ 30.142,70.

Muito desinformada, a prefeita nem sabe dizer qual é o impacto que esse reajuste terá no orçamento do município, ou não quis informar uma fez que já anunciou que não teria dinheiro para dar reajuste para categorias de trabalhadores, como é o caso da enfermagem que está à míngua.

Vai vendo!!!