A PMA (Polícia Militar Ambiental) autuou e multou em R$ 1 milhão o proprietário de uma fazenda no município de Rio Negro (MS) por maus tratos após encontrar 15 carcaças de bovinos e outros deitados no pasto sem forças para levantar
O dono não foi localizado, mas o filho dele explicou que está enfrentando dificuldades para adquirir feno devido à seca, que elevou a demanda pelo produto. A PMA recebeu uma denúncia sobre a situação do gado em uma fazenda de aproximadamente 3.418 hectares, localizada a 30 km da cidade de Rio Negro.
Após dois dias de levantamento, finalizaram na tarde de sábado (12) uma autuação por maus-tratos em uma propriedade rural na região. No primeiro dia de fiscalização, os policiais vistoriaram cerca de 300 hectares de pastagem e constataram que a área estava degradada, sem condições de alimentar os animais.
Foram encontrados vários bovinos em estado de extrema magreza, além de seis carcaças e duas vacas deitadas no pasto, sem forças para levantar. Durante a vistoria de dois mangueiros, foi constatado que em um deles não havia água, o bebedouro estava danificado e não havia qualquer alimento nos cochos. Apenas no segundo mangueiro foi observados água e sal boiadeiro, mas sem ração ou qualquer outro tipo de alimentação disponível.
O capataz da fazenda informou que haviam 24 bezerros recém-nascidos sendo alimentados por sua filha e esposa. Ele ainda falou que, até pouco tempo atrás, estava complementando a alimentação dos animais com feno, mas esse estoque havia acabado, e uma nova remessa estava sendo aguardada.
Já no segundo dia de fiscalização, os policiais ambientais conversaram com o filho do proprietário da fazenda, que explicou estar enfrentando dificuldades para adquirir feno devido à seca, que elevou a demanda pelo produto. Ele também mencionou que o capataz era o único funcionário para cuidar de aproximadamente 2.027 cabeças de gado.
Em outras áreas da fazenda, a equipe localizou mais nove carcaças de bovinos e diversos outros animais deitados, incapazes de se levantar devido ao estado avançado de magreza e desnutrição. Além da multa milionária, a PMA também apreendeu os bovinos ainda vivos, mas permaneceram sob a responsabilidade do proprietário, que foi notificado a fornecer alimentação e cuidados veterinários adequados para corrigir as irregularidades.