Penhorado pela Caixa, prédio da Bigolin avaliado em R$ 14,4 milhões deve ir a leilão

O prédio principal da Bigolin, que fica na Rua 13 de Maio, em Campo Grande (MS), avaliado em R$ 14,4 milhões, deve ir a leilão. A solicitação foi feita pelo administrador judicial após a venda ter sido suspensa no início de abril por pedido da Caixa Econômica Federal, que tem o imóvel como garantia fiduciária.

Segundo o site O Jacaré, dos cerca de 250 mil itens colocados à venda, apenas três imóveis não foram leiloados. O edifício principal da Bigolin equivale a 72% dos R$ 19,9 milhões arrecadados com o leilão até o momento. A venda foi suspensa pelo juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da Vara de Falências, Recuperações Judiciais e Insolvências, após o banco apontar erro na avaliação.

Teve erro de R$ 660 mil no valor do imóvel, que era de R$ 1,7 milhão, mas foi avaliado em R$ 1,040 milhão. O outro foi no tamanho, uma diferença de mil metros quadrados. Em petição encaminhada ao juízo, o advogado José Eduardo Chemin Cury, administrador judicial, pediu que a Caixa concorde com a conclusão do leilão.

Como exemplo, Cury citou a venda dos quatro imóveis que estavam penhorados pela Caixa. O sobrado de R$ 380 mil acabou sendo vendido por R$ 277,4 mil (73% do valor da avaliação). Houve imóvel com 100% do valor, como foi o caso de um avaliado em R$ 205 mil. Outro estava à venda por R$ 165 mil e foi arrematado por 99,09% (R$ 163,5 mil).

Ele também é contra a separação dos imóveis da Rua 13 de Maio, que têm matrículas diferentes, mas integram o edifício da loja. Para manter a realização da venda pela Mega Leilões, o administrador judicial alerta que a Caixa poderá ter despesas extras com o IPTU, ITBI, taxas notariais e manutenção, caso insista em assumir o leilão dos prédios.