Organização criminosa de respeito! Prisão de “Galã do PCC” foi senha para começar a matança

A prisão do criminoso brasileiro Elton Leonel Rumich, mais conhecido como “Galã” e apontado como chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, foi a senha para réus da Operação Omertà iniciarem uma matança de integrantes do grupo criminoso na região. As mortes ocorreriam após ele ser transferido para um Presídio Federal, onde não poderia ter mais contato com os seus comandados na fronteira.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Fahd Jamil e o filho dele, Flavio Correia Jamil Georges, mais conhecido como “Flavinho”, agiam com o policial federal Everaldo Monteiro de Assis, o “Jabá”, como forma de obterem informações privilegiadas e sigilosas. Isso tudo, inclusive sobre as investigações em curso dos assassinatos que teriam ocorrido a mando dos réus.

Além disso, Jabá também estaria levantando informações sobre organizações criminosas rivais e repassando aos órgãos de segurança, como forma de enfraquecer os grupos, possibilitando que a família de Fahd “atuasse e eliminasse diretamente seus rivais”. Ainda conforme o Gaeco, essa maneira de agir teria ficado clara com o grupo comandado por Galã.

Flavinho teria recebido a informação de que Galã estaria preso em Bangu 1. Com isso, teria feito pedido para que a liderança do PCC fosse transferida para unidade federal, “porque tem um pessoalzinho dele aqui que tá pela bola 8, entendeu? Pra acabar com a raiz dele aqui”, aponta trecho decupado pelo Gaeco.

A princípio, o grupo estaria aguardando o isolamento de Galã para eliminar os demais integrantes do grupo, “para acabar com a vinculação dele na região de fronteira”, aponta a peça. Conversas de WhatsApp do policial federal indicam que ele questionou a um contato sobre o ‘paradeiro’ de Elton e se ele seria transferido.

Por fim, o Gaeco afirma que Fahd e Flavinho pagavam propina a Everaldo e outros agentes para propiciar o bom funcionamento das atividades da organização investigada na Operação Omertà. As informações estão na peça de impugnação à contestação das defesas dos réus na terceira fase da operação, a Armagedon. Com informações do site Midiamax