MS registra mais 2 novos casos suspeitos de varíola dos macacos e número sobe para 15

A Prefeitura de Três Lagoas registrou os dois primeiros casos suspeitos da varíola dos macacos ou Monkeypox no município. Os casos suspeitos envolvem um homem e uma mulher – que não tem relação entre si – que tiveram contato, durante viagem recente, com pessoas suspeitas e positivas para a doença.

O primeiro caso a ser atendido pela Secretaria Municipal de Saúde foi o da mulher de 29 anos de idade. Ela tem histórico de viagem recente para fora de Mato Grosso do Sul e, após contato físico com pessoa suspeita da doença, apresentou erupções cutâneas associada à cefaleia, dor nas costas, artralgia (dor nas articulações), dor muscular, náusea, vômito, fotossensibilidade, calafrios e dor de garganta.

O segundo caso é de um homem de 33 anos de idade, que procurou atendimento médico com quadro de febre, lesões na pele, dores ao engolir alimentos e linfadenopatia (inchaço dos nódulos linfáticos). Esse paciente também tem histórico de viagem recente para fora do Estado.

De acordo com a Vigilância Sanitária, os dois estão clinicamente bem e em isolamento domiciliar. A Secretaria Municipal de Saúde realizou coleta de amostras que serão encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública em Campo Grande, que serão analisadas no intuito de confirmar ou descartar a doença.

Com isso, Mato Grosso do Sul já soma 15 casos suspeitos da doença, sendo cinco confirmações e quatro descartados. Os casos suspeitos de Três Lagoas estarão em boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde) deste sábado (6).

De acordo com artigo recente publicado no periódico British Medical Journal, que levou em consideração o acompanhamento de 197 pacientes que testaram positivo para o vírus na cidade de Londres, no Reino Unido, todos os participantes tiveram lesões na pele ou na mucosa (na parede interna da boca ou do ânus, por exemplo).

Além disso, em 56% dos casos essas feridas apareceram nos genitais e em 41% elas foram observadas no ânus, 61% dos pacientes tiveram febre, 57% apresentaram inchaço dos gânglios linfáticos, 31% se queixaram de dor muscular e 13% tiveram apenas as lesões, sem febre ou outros sintomas. Outros sintomas comuns foram dor no reto (acometeu 36% dos participantes), dor de garganta (16%) e inchaço ou vermelhidão no pênis (15%).