Ministério Público diz que filha de governador de Amambay estava na hora e lugar errados

Passados mais de três meses da chacina que matou quatro pessoas na madrugada de 9 de outubro de 2021 em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS), uma fonte do Ministério Público do país vizinho informou ao site G1 MS que a jovem Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21 anos, filha do governador do Departamento de Amambay, Ronald Acevedo, foi uma das vítimas porque estava na hora e no lugar errados.

Segundo a mesma fonte, Haylee Acevedo, que foi assassinada com seis tiros, não tinha nada com o crime, pois o alvo dos pistoleiros seria no namorado dela, Osmar Vicente Álvarez Grance, de 29 anos, mais conhecido como “Bebeto”, que era ligado ao tráfico de drogas na região fronteiriça. Além do casal, os pistoleiros ainda executaram as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, de 22 anos, natural de Dourados (MS), e Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, natural de Cáceres (MT), que também estavam dentro do carro conduzido por Bebeto.

A investigação da chacina é apontada como “complexa”, pois, além de envolver a filha de um governador de um Departamento do Paraguai, as apurações prévias apontam que as execuções são relacionadas a uma grande facção criminosa que atua de forma ostensiva no Paraguai. Como explica a fonte, a investigação não apresenta uma conclusão especificamente por sua meticulosidade.

“Essa investigação, pela complexidade, é um tanto meticulosa, até mesmo por envolver pessoas ligadas a autoridades, mandamos este caso a Assunção (capital do Paraguai). A execução tem a ver com crime organizado. Então, segue em investigação em Assunção”, detalhou a fonte do Ministério Público do país vizinho.

Além da complexidade do caso, outro fator ponderado que impede o desenrolar das investigações é a falta de acesso às testemunhas. “As pessoas estão acostumadas a escutar sobre execuções, nós nos preocupamos. As pessoas não ajudam com informação, têm medo. É muito difícil fazer o trabalho aqui”, desabafou a mesma fonte. Até então, seis brasileiros suspeitos de envolvimento no atentado foram presos, incluindo o “autor intelectual” do crime e a “pessoa que fazia a vigia para avisar os pistoleiros da hora do crime”.

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