Segundo o proprietário do apartamento, o empreiteiro André dos Santos, o “André Patrola”, o inquilino não paga aluguel desde maio do ano passado e acumula uma dívida de R$ 183,3 mil. A ação foi protocolada no início do mês passado e o aluguel do imóvel é de R$ 5 mil por mês, mas com desconto de R$ 1 mil.
Leandro Martins deixou de pagar o aluguel há 18 meses e o caso chama a atenção pelo fato de o proprietário ser investigado na Operação Cascalhos de Areia por suspeita de desvio milionário da Prefeitura de Campo Grande e por ser “laranja” de Marquinhos, mas o ex-prefeito nega ter qualquer relação com André Patrola.
O pedido de despejo imediato é para a quitação de R$ 64 mil de aluguel e mais R$ 119 mil de IPTU atrasados. A Justiça negou o pedido de despejo porque o ex-secretário de Saúde não teve o direito à ampla defesa. “A despeito da tese da parte requerente de que há possibilidade da cumulação do pedido de despejo na ação de cobrança de alugueis, no momento não há como ordenar o despejo, sobretudo porque a parte requerida não teve oportunidade para a purgação da mora”, afirmou o magistrado.
Fábio Ramos deu prazo de 15 dias para Leandro Martins contestar a ação de despejo. O ex-secretário, que também é pai do vereador Otávio Trad (PSD), tem cinco dias, a partir da notificação, para efetuar o pagamento dos alugueis atrasados.
Essa não é a única derrota de André Patrola na Justiça. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido para suspender a investigação iniciada com a Operação Cascalhos de Areia. Ele também não conseguiu anular uma multa imposta pela Justiça por poluir a área de preservação permanente do Córrego Guariroba, que é responsável pelo abastecimento de água de Campo Grande.