O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, negou nove pedidos da empresária Tereza Cristina Pedrossian Corta Amorim para recuperar R$ 236 mil em dólares e euros, que foram apreendidos na Operação Lama Asfáltica. Ela é esposa do empresário João Amorim, acusado de chefiar organização criminosa especializada em desviar recursos públicos pela Polícia Federal.
Segundo o site O Jacaré, a batalha dos advogados para recuperar os bens, dinheiro e documentos apreendidos na Operação Lama Asfáltica completou três anos e o primeiro pedido de restituição foi feito diretamente ao magistrado em 2018. Os advogados pediram a devolução de um aparelho celular iPhone, um HD extraído de computador desktop, um tablet iPad, um notebook, uma mídia DVD-R, documentos diversos, dois HDs extraídos do desktop do escritório, E$ 2.100,00 e US$ 39.150,00, porém, o juiz só autorizou a devolução apenas do telefone, do desktop e do notebook.
Inconformada, a defesa de Tereza Cristina recorreu ao TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas, ao julgarem oito recursos, os desembargadores e ministros mantiveram a decisão da primeira instância. A empresária teve os mandados de busca e apreensão cumpridos na investigação que apura a lavagem de dinheiro por Amorim. As três filhas – Ana Paula, Ana Lúcia e Renata – são rés em ação pela ocultação de uma fortuna na compra de fazendas. O processo está na fase final.