Programada para ser realizada de 20 a 30 de abril deste ano, a Expogrande 2022 está seriamente ameaçada porque o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, determinou a interdição total do Parque de Exposições Laucídio Coelho. De acordo com o site O Jacaré, o oficial de Justiça poderá requisitar força policial para lacrar o prédio e suspender todas as atividades realizadas no local no esforço do Poder Judiciário em ser respeitado pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).
Trata-se da 2ª vez que o magistrado determina a interdição do mais tradicional espaço para a realização de eventos em Campo Grande. Em outubro de 2020, Ariovaldo Corrêa deu prazo de 60 dias para a entidade apresentar as licenças ambientais e alvarás exigidos para a realização de shows e festas. Há 11 anos, a Acrissul não cumpre os acordos firmados com aval da Justiça, pois a entidade sempre consegue burlar as sentenças, determinações e ultimatos de juízes e desembargadores.
O MPE (Ministério Público Estadual) não conseguiu cobrar nem a multa de R$ 3,3 milhões definida pela Justiça. Apesar de contar com a renda mensal do aluguel pago pelo Assaí, um dos maiores atacarejos do País, a Acrissul não teve dinheiro bloqueado porque as contas bancárias estavam zeradas, ou seja, a Justiça não vê suas decisões cumpridas nem consegue obrigar a Acrissul a respeitá-lo.
“Destarte, em razão do acima exposto, cumpra-se com urgência o comando do acórdão de fls. 1.111-28, uma vez que transcorrido o prazo de 60 dias concedido em 2ª instância à requerida (fls. 1.118 e 1.123)”, determinou o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa. “Expeça-se mandado de interdição do local, devendo o oficial de justiça solicitar reforço policial para cumprimento da determinação, se necessário”, determinou.
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