João Amorim deve dois anos de condomínio e preferiu não ir pessoalmente ao local para entregar as chaves à Polícia, mandando seu advogado fazer o serviço e assinar documento comprovando que a decisão foi cumprida. A demora ocorreu justamente porque Amorim, ao ser notificado, pediu que a notificação fosse feita à sua defesa, com isso, até que o processo andasse, ganhou uns dias extras para cumprir a decisão do juiz Cássio Roberto dos Santos.
O advogado informou, ainda, que as salas já estão completamente desocupadas. O desfecho acima citado ocorreu após Amorim não quitar taxas condominiais de novembro de 2014 a novembro de 2016. Em março de 2017 a dívida já estava em R$ 63,7 milhões e a quitação foi negociada. O pagamento seria feito em seis parcelas, contudo o empresário só debitou a primeira parcela integralmente e parte da segunda.
Após várias tentativas, conforme explica o responsável pelo condomínio na ação de cobrança, a decisão foi de judicializar a questão em maio de 2018. No mesmo mês, a Justiça determinou o pagamento da dívida, mas em agosto daquele ano ele ainda não tinha sido encontrado para notificação. Na época, a filha do empresário usava as salas, porém, ainda segundo informado nos autos, não prestava informações ao condomínio sobre o paradeiro do pai. Em fevereiro de 2019 o empreiteiro ainda não havia sido encontrado pela Justiça, assim foi até meados de 2020 quando a defesa dele se manifestou alegando que as salas seriam colocadas à venda.
Tempos depois voltou atrás e agora, no final de julho, após o condomínio informar que existem interessados em comprar os imóveis, mas não havia como adentrar as salas porque as chaves foram retiradas da imobiliária por Amorim, a Justiça determinou que, caso as chaves não fossem fornecidas em 48 horas, as salas seriam arrombadas, mesmo que para isso seja preciso acionar a polícia.
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