Exame: Local onde Delcídio tomava champagne de R$ 7 mil agora cobra R$ 60 reais no suco de uva

O verão em Jurerê Internacional, em Florianópolis, será para poucos esse ano e isso não é nenhuma novidade.

De acordo com a coluna Expresso, da Época, um dos locais mais badalados por lá está com seu tradicional procedimento de preços especiais.

Aqui segue um pequeno exemplo: uma das baladas mais famosas da capital catarinense, o Donna, cobra R$ 60 (leia nota fiscal) pelo suco de uva. Funcionários do estabelecimento afirmaram a EXPRESSO que o gerente do estabelecimento é responsável por estipular o preço e que eles “nunca o questionaram sobre o porquê desse preço”. Disseram, ainda, que o valor de R$ 60 se refere a 1 litro de suco. O mesmo produto é vendido a R$ 10 em supermercados.

O restaurante balada fica localizado na Av. dos Pampos, a mesma avenida que abriga a suntuosa mansão do ex-senador Delcídio do Amaral, que, a propósito, era frequentador assíduo do Donna.

Conhecido por lá como um homem de gorjetas gordas, os garçons também revelaram que a bebida preferida do ex-senador era champagne que chegava a custar até R$ 7 mil reais e não figuram no cardápio para qualquer um, sempre reservada para pouco.

A mansão já foi palco de várias festas, uma suntuosa por sinal que chegou a levar uma comitiva de puxa-sacos de Campo Grande para Jurerê, com direito ao famoso 0800.

http://fernandosoares.midiamax.com.br/2011/maio2011/30-05-011/

Candidato ao governo pelo PT – Partido dos Trabalhadores, Delcídio sempre teve uma vida luxuosa em Florianópolis, local que escolheu para viver.

Veja reportagem de O Globo de 2016.

BRASÍLIA – Férias em Ibiza, festa em Punta del Este, comemoração de aniversário no Copacabana Palace, viagens a São Paulo para comprar roupas de grifes famosas. Até ser preso pela Polícia Federal no último 25/11/16, sob acusação de atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e a sua mulher, Maika, levavam uma vida de luxo e badalação.

O aniversário de 15 anos da filha caçula do casal, em maio de 2011, segundo o colunista social sul-mato-grossense Fernando Soares, “não ficou devendo em nada ao casamento do século” entre o príncipe William e Kate Middleton. A festa reuniu mais de 700 pessoas numa mansão de 1.600 metros quadrados, em Campo Grande. Soares contou à época que a decoração começou um mês antes. “Na entrada, painéis, com celebridades internacionais, revelavam que Hollywood era ali. Foram servidas 240 garrafas da champanhe Veuve Clicquot. Seis chefs trabalharam no preparo da comida, que incluía caviar. O pizzaiolo do programa do Faustão foi contratado para preparar pizzas na hora, e os barmen, que vestiam smoking branco, eram de São Paulo e Brasília.

Um ano antes, a festa de 15 anos da filha mais velha de Delcídio e Maika teve recepção aos convidados de fora do estado já no aeroporto de Campo Grande. Eles tiveram direito a serviço de van para se deslocar para a festa e receberam mimos no hotel.

— Eles são chiques, muito elegantes — afirmou Soares.

Em 2012, o aniversário de Maika, em 12 de janeiro, foi celebrado com as amigas no balneário uruguaio de Punta del Este. Menos de um mês depois, o de Delcídio, dia 8 de fevereiro, começou com um almoço para os colegas do Senado, em Brasília, e terminou com um jantar, no Rio, no Copacabana Palace.

A prisão do senador provocou constrangimento a ponto de os amigos se recusarem a falar publicamente sobre a situação do casal para não ter o nome associado ao escândalo.

— Foi um baque para nós, da sociedade de Campo Grande — contou uma empresária, amiga da família.

No começo dos anos 2000, Maika foi personagem de uma reportagem na “Folha de S.Paulo” sobre compradoras da Daslu de fora de São Paulo, que tinham acesso a um serviço exclusivo de entrega em casa das roupas da boutique que, naquela época, era ícone do consumo de artigos de luxo no país. Apresentada como dona de 200 pares de sapatos, a mulher do senador contava que “só conseguia usar bolsa importada” e que, em Campo Grande, não poderia comprar tudo o que gostaria “porque passaria a imagem de arrogância e prepotência”.

No verão brasileiro, a família frequenta a badalada praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis; no europeu, lugares como Ibiza, na Espanha. Foi lá, em julho, numa boate, que uma mulher que estava no grupo do senador discutiu, segundo o colunista Bruno Astuto, da revista “Época”, com uma brasileira que tentava fazer imagens do então líder do governo Dilma. Os seguranças foram chamados para acalmar os ânimos.

http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2015/11/delcidio-amaral-e-santa-catarina-uma-relacao-que-ja-dura-24-anos-4916926.html