Empresário diz que instalou câmeras em lanchonete para filmar a cunhada. É muita cara de pau!

O empresário Julio Cesar Maekawa, de 47 anos, proprietário da lanchonete “Nakasa”, localizada no centro de Campo Grande (MS), disse ontem (24) à Polícia Civil que as câmeras escondidas encontradas no banheiro e sob a caixa registradora do seu comércio eram para filmar a cunhada. Na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ele relatou que comprou os equipamentos em 2020 e a intenção seria filmar a irmã da esposa no banheiro da edícula da sua residência.

Julio Maekawa ainda informou que apenas entre 6 e 8 horas do dia, período em que não ficava na caixa registradora, ligava a câmera instalada no local. Com as câmeras instaladas, o filho da cunhada, um adolescente, também teria sido filmado, mas, segundo o comerciante, sem intenção. O suspeito revelou que comprou as câmeras pela Internet e, no princípio, elas estavam instaladas somente na casa dele, mais precisamente no banheiro da edícula onde a cunhada ficava.

Depois, resolveu usar as câmeras na lanchonete, na caixa registradora e no banheiro feminino do estabelecimento comercial. O empresário relatou que “está arrependido” e que teve essa atitude “por arte de criança”. Ele disse ainda que tinha apenas curiosidade sobre como as câmeras funcionavam, sem intenção de divulgar ou vender as imagens, sendo que, há aproximadamente um mês, as câmeras já não funcionariam mais.

Segundo a delegada de Polícia Civil Ana Luiza Noriler, não houve situação de flagrante durante a diligência e, por isso, ele prestou esclarecimentos e foi liberado, mas terá de responder ao inquérito em liberdade. As duas funcionárias da lanchonete também foram ouvidas e foi feita a perícia nos equipamentos apreendidos.

A câmera que ficava abaixo da caixa registradora foi descoberta pelas funcionárias na semana passada, quando o comerciante deixou o celular de uso comercial na lanchonete e viajou. As duas então viram os vídeos no aparelho e acionaram a Polícia. Segundo elas, tinham muitos vídeos do banheiro no aparelho. “Nós ficamos assustadas, com vergonha. Vimos os vídeos de várias mulheres. Só não vimos os nossos”, disse uma delas, informando que tinham vídeos gravados desde 2018.