A lua de mel entre Marquito Trad e, especificamente, seus eleitores está acabando.
Depois de prometer muito e não dar a arrancada para resolver quase nada, a administração municipal não consegue tapar os furos deixados pela administração Bernal, diga-se de passagem, são inúmeros.
No entanto, a pergunta é: você trocaria asfalto por atendimento na saúde? Claro que não!
Mas temos que admitir, que nas quatro últimas administrações: André, Nelsinho, Bernal e Olarte, o setor de saúde foi muito maltratado, em consequência disso, a população também.
E a situação não mudou nada até agora.
O Blog do Nélio recebeu, ao longo desta semana, inúmeras receitas médicas dando conta De um problema sério que está acontecendo nas unidades básicas de saúde de Campo Grande: a falta de medicamentos, desde os mais básicos até os recomendados para o tratamento de casos mais complexos.
O Blog do Nélio também apurou que a situação é ainda mais séria, pois também há falta de equipamentos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). A Prefeitura, por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), confirmou o problema, mas garante solução em um mês.
A situação de algumas unidades não é novidade, já que até o MPE (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) já entrou com ações pedindo a regularização da falta de equipamentos e remédios.
Medicamentos para náusea e vômito, como bromoprida e plasil, estão em falta, além de cefalexina, amoxicilina e isordil, que serve para prevenção e tratamento de infarto. Até psicotrópicos estão em falta.
Em algumas unidades, não estão funcionando a máquina de eletrocardiograma, monitor cardíaco, desfibriladores e coisas ainda mais básicas como abaixador de língua, que é o instrumento médico utilizado para exame da boca e da garganta, e anestésico para fazer sutura.
Licitação
No começo do ano, mesmo com a falta de medicamentos em várias unidades de saúde, o atual prefeito Marquito Trad resolveu suspender três processos licitatórios em andamento, mas reabriu um deles dias depois, após constatação de que unidades estavam com as farmácias vazias. A suspensão dos certames aconteceu porque o município quis rever todos os processos e contratos abertos na gestão anterior.
A compra, aberta em 11 de janeiro, previa a aquisição de 29 medicamentos de uso contínuo. O preço era de R$ 16,4 mil, segundo informou, na ocasião, a secretaria de Saúde. A justificativa apresentada para suspender o processo mesmo com uma crise de fornecimento de itens essenciais como medicamentos para diabetes, foi de que a licitação iniciada ainda na gestão de Alcides Bernal precisava ser revisada.
O Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) n.º 4.771, publicado na quarta-feira, dia 11 de janeiro de 2017, reabriu o certame, na modalidade pregão presencial, com tipo menor preço por item, com o objetivo de registro de preços para aquisição de medicamentos para SESAU.
Ocorre que a publicação não informa quais são os itens que o Município pretende adquirir. Embora conste que o Edital estará disponível, tanto na Central de Compras (CECOM), quanto no site da Prefeitura, pelo link http://transparencia.capital.ms.gov.br/licitacoes/.
Porém no endereço informado não existem informações sobre o Edital, nem sobre qualquer outro processo licitatório.
Na prática isso pede que fornecedores de outras cidades ou até Estados possam despertar interesse pela concorrência, pois sem conhecer os itens do Edital, não tem como apresentar propostas.
Enquanto isso, a falta de medicamentos nas farmácias das unidades de saúde afeta a população carente e compromete a eficácia dos tratamentos prescritos pelos médicos da rede pública.
O Blog do Nélio já mostrou aqui que Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (SEDESC), que tem objetivo dSem título2e atrair investimentos e gerar empregos, está sendo ocupada pelo empresário Luiz Fernando Buainain.
O atual Secretário da SEDESC foi presidente do Grupo São Bento. A rede de farmácias entrou em recuperação judicial no valor de R$ 73 milhões no inicio de 2015, período em que ele foi afastado da administração da empresa.
O grupo contraiu dívida de R$ 73,9 milhões. De acordo com o processo, a crise foi atribuída ao fraco desempenho da economia, alta carga tributária, elevadas taxas de juros, imposição contratual de compra de medicamentos perto do prazo de validade e concorrência desleal de grandes grupos nacionais.
Tem algo cheirando errado nisso.
https://blogdonelio.com.br/empresario-gato-assume-sedesc-com-desaprovacao-do-empresariado/
ATOS DE LICITAÇÃO
AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO PRESENCIAL Nº 220/2016
PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 60.592/2016-87
O MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, através da Central Municipal de Compras e Licitações, torna pública a realização de licitação na modalidade PREGÃO PRESENCIAL nos termos da Lei n.º 10.520, de 17 de julho de 2002, pelo Decreto Municipal n. 9.623 de 18 de maio de 2.006, e legislação correlata, aplicando-se, subsidiariamente, a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993 que se encontra aberta a licitação acima referida, do tipo “MENOR PREÇO POR ITEM”, tendo por objeto:
“REGISTRO DE PREÇOS PARA AQUISIÇÃO MEDICAMENTOS – SESAU”.
ÓRGÃO REQUISITANTE: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE PÚBLICA – SESAU.
DATA: 23/01/2017
HORÁRIO: 08h00min.
LOCAL DA REALIZAÇÃO DO PREGÃO: na sede da Prefeitura Municipal de Campo Grande na Avenida Afonso Pena, n.3.297, térreo – Campo Grande-MS.
OBTENÇÃO DO EDITAL: na Central Municipal de Compras e Licitações – CECOM, no endereço supracitado ou através do endereço eletrônico http://transparencia.capital.ms.gov.br/licitacoes/
TELEFONE: (0xx67) 3314-3267 das 07h30min às 11h e das 13h às 17h30min.
Campo Grande – MS, 10 de janeiro de 2017.
Mario Justiniano de Souza Filho
Pregoeiro