O consórcio Pybra, responsável pela obra de construção da ponte da Rota Bioceânica entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY), ainda não pagou uma dívida de R$ 250 mil com a empresa W&L Construções, do Espírito Santo, que ameaça suspender os trabalhos.
Segundo o empresário Carlos Roberto Lameira, dono da W&L Construções, há atraso de pagamento desde outubro e os 30 trabalhadores que ele terceiriza para o consórcio Pybra estão parados desde a semana passada.
“Eles nunca pagaram certinho, em dia. Mas agora atrasou demais. Os trabalhadores só querem receber e voltar para casa”, contou, dizendo que a ponte Bioceânica é a única em que a W&L atua no momento. Entre salários e rescisões, o pagamento devido pela Pybra chega a R$ 250 mil”, informou Carlos Lameira.
Dos 30 funcionários, 22 são de outros estados, principalmente do Nordeste. O empreiteiro reforçou ainda que a empresa só foi formada para poder atuar na obra em Porto Murtinho e que o desejo agora é apenas desmobilizar a equipe e ir embora. “Se não houver acordo, como parece, o jeito vai ser entrar com ação no Ministério Público do Trabalho”, ressaltou.
Carlos Lameira comentou ainda que os salários dos funcionários variam de R$ 2,2 mil a R$ 5 mil dependendo da função e que inicialmente, segundo ele, o contato direto era com a Paulitec, uma das três empresas do consórcio Pybra que são responsáveis pela construção da ponte. Entretanto, depois do início da obra, todas as negociações passaram a ser com a Pybra, cujo responsável geral é o engenheiro Paulo Leitão.
“Desde outubro estamos sem receber e já estamos passando dificuldade. A proposta deles é pagar apenas os funcionários, sem repassar os valores de combustível, de alimentação e de alojamento”, lamentou. Ele disse ainda que os demais trabalhadores que atuam na construção do lado brasileiro são de empresas paraguaias e que certamente, também não estão recebendo. A reportagem tentou contato com funcionários da obra, mas eles não quiseram falar. Com informações do site Campo Grande News