Caso o Projeto de Lei nº 2234/2022 seja aprovado pelo Senado Federal, Campo Grande poderá ter até seis casas de bingo. A proposta já passou pela principal comissão da Casa de Leis, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e agora vai ao plenário para ser votada.
O texto foi aprovado na Comissão no dia 19 de junho deste ano e é de proposição do senador Irajá Abreu (PSD). A aprovação se deu por 14 votos a favor e 12 contra.
Conforme a proposta, municípios poderão ter um bingo para cada 150 mil habitantes, ou seja, considerando que Campo Grande tenha 900 mil, o máximo será seis.
Ainda sobre o regramento, o projeto diz que ocupantes de cargos públicos ou administradores de empresas que tenham recursos estatais; pessoas condenadas por crimes de improbidade administrativa, sonegação fiscal e corrupção e inabilitadas ou suspensas por entidades como a Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central serão impedidos de exercer a atividade.
Os bingos, sejam na modalidade de estádio ou em salão fechado, sempre atraíram grande público em Campo Grande. O empresário falecido, Jamil Name, foi o mais notório explorador dessa modalidade.
Os bingos de arena atraíam multidões até o Estádio Pedro Pedrossian, o “Morenão”, em Campo Grande, desde o fim dos anos 80 até por volta de 1996. As casas de apostas fechadas ficavam no centro da cidade e uma na Avenida Mato Grosso.
Os ambientes eram sempre parecidos e com regras: nada de relógios nas paredes; sem janelas, para que o apostador perdesse a percepção de tempo (dia-noite) e dezenas de ”garçons” que ofereciam cartelas incessantemente.
O texto vai seguir para plenário, onde haverá discussão e votação. O governo Lula tende a sancionar a medida de olho na alta carga de impostos que irá receber, enquanto a bancada evangélica e conservadora é contra.