Ele já estava sendo ameaçado e tinha acabado de iniciar a “saidinha” de fim de ano. A polícia investiga como ele conseguiu uma pistola calibre 9 mm. De acordo com informações do delegado de Polícia Civil Gabriel Desterro, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, ele cumpria pena por roubo por, pelo menos, 15 anos, no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.
A esposa foi buscá-lo no presídio e, conforme o delegado, o carro do casal, CR-V Honda começou a ser perseguido por dois homens de motocicleta até o condomínio, onde houve a troca de tiros. “Em toda a extensão do condomínio, inclusive na parte de trás, houve perseguição e tem marcas de tiro”, explicou.
A perícia encontrou cerca de 30 marcas de tiros, sendo uma de uma pistola calibre 9 mm, que estava com o presidiário, e uma pistola .40, que atingiu mais três carros dentro do condomínio. O alvo conseguiu fugir a pé com a ajuda de outro homem, que também era um dos beneficiados com a “saidinha” de fim de ano, mas que não estava com ele dentro do veículo.
Ainda de acordo com o delegado, depois que ele conseguiu fugir, os suspeitos deram várias coronhadas na mulher e puxaram o cabelo dela, causando ferimento e sangramento intenso na cabeça. “Essa agressão foi uma forma de mandar uma mensagem para o alvo”, disse.
A mulher será encaminhada para a delegacia como testemunha. A polícia tenta identificar quem são os homens da moto e encontrar o preso, que está foragido. Moradores do condomínio acordaram com barulho de tiros, na manhã de ontem. Apesar de a perícia ter encontrado 30 disparos, nos relatos, a quantidade de tiros varia de 60 a 80.
Primeiro, um CRV Honda entra no condomínio. Em seguida, imagem de fumaça indica que tiros foram disparados, um atingindo o asfalto e dois na parede. Depois, dois homens em uma motocicleta aparecem e correm para dentro do condomínio. Outros dois aparecem perto do carro, um deles armado. Na sequência, outro ângulo mostra tiros disparados e o que seria o confronto.