Acusado de matar jornalista é suspeito de mandar executar promotor paraguaio na lua de mel

O brasileiro Waldemar Pereira, o “Cachorrão”, é investigado pela Polícia Nacional do Paraguai como um dos suspeitos pela morte do promotor de Justiça Marcello Pecci, 45 anos, que foi executado com três tiros na manhã de terça-feira (10) quando passava a lua de mel com a esposa em uma praia na Colômbia.

“Cachorrão” está preso sob acusação de ligação com o assassinato do jornalista Lourenço Veras, o Léo Veras, ocorrido em fevereiro de 2020 em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS).

Apontado como um dos líderes locais da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, Waldemar Pereira está recolhido na Agrupación Especializada, sede de grupo de elite da polícia paraguaia que é usada como presídio para abrigar bandidos famosos.

A cela dele foi um dos locais vasculhados por investigadores paraguaios na quinta-feira (12) para apreensão de celulares e outros equipamentos eletrônicos que possam revelar pistas para desvendar a morte de Marcelo Pecci.

No entanto, fontes da fronteira descartam a chance de o brasileiro ter mandado matar o promotor e acreditam no envolvimento de “gente grande” no crime ocorrido em Cartagena das Índias.

Em 2020, o promotor de Justiça liderou a força-tarefa que investigou a morte de Léo Veras e apontou “Cachorrão” como responsável pela execução. Pessoas ligadas ao bandido, inclusive a irmã dele, chegaram a ser presas. Antes de ser preso, Waldemar Pereira concedeu entrevista para uma rádio da fronteira e negou o crime dizendo que ele e Léo Veras eram amigos.

O coordenador do grupo para segurança de jornalistas do Paraguai, José Pepe Costa, disse ao jornal paraguaio Diário Hoy que o julgamento de “Cachorrão” pelo assassinato de Léo Veras vem sendo adiado inexplicavelmente desde o ano passado e foi novamente marcado para o fim deste mês. Marcelo Pecci liderava o caso junto com o também promotor Federico Delfino.

Com prisão decretada pela Justiça, “Cachorrão” foi preso em maio de 2020 após se envolver em acidente de trânsito perto de barreira policial na Ruta 5, rodovia que liga Pedro Juan Caballero a Concepción.

A investigação do MP paraguaio apontou Waldemar Pereira como um dos pistoleiros que invadiram a casa de Léo Veras e o mataram com 15 tiros de pistola calibre 9 mm. O jornalista jantava com a família e tentou correr, mas foi morto no quintal.

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