Sem dinheiro para pagar os advogados que faziam sua defesa nas ações de corrupção descobertas durante a “Operação Lama Asfáltica”, o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras, Edson Giroto, sumiu do mapa e a Justiça Federal determinou que a Defensoria Pública da União assuma a defesa do réu.
No início deste ano, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) não conseguiu localizá-lo para entregar notificação para apresentar novo advogado, o que também se repetiu nas varas do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e da Justiça Federal.
Como não conseguiu localizar Edson Giroto para informá-lo da desistência da sua defesa por parte do renomado criminalista brasileiro Daniel Leon Bialski, o STJ determinou que a 3ª Vara Federal de Campo Grande acionasse a Defensoria Pública da União para assumir a função.
No último endereço informado pelo ex-deputado federal, o oficial de Justiça foi informado por uma recepcionista que Edson Giroto não trabalha e nem reside no local e que o imóvel foi desocupado pelo réu há mais de um ano.
A juíza substituta Júlia Cavalcante da Silva Barbosa então abriu prazo para manifestação do ex-deputado federal, que expirou. Em decisão publicada no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Federal, a magistrada decidiu acionar a Defensoria Pública da União.
Assim que assumir o caso, a Defensoria deve apresentar oito testemunhas de defesa na ação penal referente a supostas irregularidades na pavimentação e saneamento da Avenida Lúdio Coelho, entre a Avenida Duque de Caxias e a Rua Antônio Bandeira, em Campo Grande.
A CGU (Controladoria-Geral da União) apontou superfaturamento de R$ 475,5 mil, pagamento indevido de R$ 482 mil e a não compensação da União pelo gasto de R$ 4,411 milhões.
O contrato também teve acréscimo de R$ 4,772 milhões em oito meses, 40% acima do valor previsto. A obra é uma das denunciadas pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lama Asfáltica. A denúncia foi aceita pela 2ª vez, em agosto de 2022.
Também respondem ao processo o ex-governador André Puccinelli (MDB), o empresário João Amorim dos Santos e sua sócia, Elza Cristina Araújo dos Santos. Com informações do site O Jacaré