O substituto de Francisco Cezário à frente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), que foi afastado após ser preso por desvios milionários da entidade, Estevão Petrallas também está enfrentando problemas com a Justiça.
A cargo desde 27 de maio, ele vai perder um imóvel avaliado em mais de R$ 25 milhões, que será leiloado por determinação da Justiça para quitar dívida com o Governo do Estado.
Trata-se da sede social e campo do Clube Campestre Ypê, que vai a leilão por decisão da juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turine. O processo de execução fiscal é movido pelo Estado em cobrança de dívidas do Clube Campestre Ypê, localizado no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande.
O fisco estadual aponta dívida original de R$ 20.118,96. Com atualização de valores, o montante chega na casa dos R$ 33 mil de débitos do clube, o qual Petrallas é dono e presidente.
No decorrer do processo, que foi ajuizado em outubro de 2020, a magistrada havia determinado a penhora tanto da sede do clube – avaliada em R$ 25,5 milhões – quanto de imóvel onde o dirigente mora – avaliado em R$ 1,5 milhão, na mesma rua do clube.
Na tentativa de tirar o terreno em que construiu a casa onde mora da penhora, Petrallas entrou com outra ação, chamada de embargo, onde alega ser alvo de processo de penhora o qual não deveria estar.
Então, a defesa do dirigente alega que o terreno nunca pertenceu ao Clube Campestre Ypê. Apesar disso, na própria certidão de registro imobiliário, na descrição do imóvel, consta: “Lote de terreno determinado sob nº 17 (dezessete) da quadra 06 (seis) do CLUBE CAMPESTRE YPÊ, nesta cidade […]”. No entanto, o proprietário aparece em nome de Amadeu Mena Gonçalves, mesmo proprietário original da área onde esta localizado o Clube Ypê.
Após isso, o imóvel foi passado para Donatila Theodorica Corrêa em maio de 2011. Após sete meses, foi adquirido por Petrallas, via adjudicação – quando a Justiça transfere determinada propriedade para um credor -, conforme consta no registro imobiliário.
Questionado sobre a adjudicação, o dirigente não responde e afirma apenas que comprou o terreno há muito tempo. “Tudo ali era loteamento Clube Campestre Ypê, por isso fica o nome, mas não tem nada a ver com o clube. Eu comprei, na época, da imobiliária Cacique”, afirmou.
Apesar de afirmar, nos autos, que a dívida não pertence a ele – e sim ao clube Ypê -, à reportagem, Petrallas afirma que “tenho minhas dívidas, sim, como qualquer ser humano pode ter”. Com informações do site Midiamax