A subestação de energia elétrica da Energisa, que explodiu e pegou fogo após um homem invadir a estação para supostamente furtar a fiação elétrica em Campo Grande (MS), recebeu representantes do CRT 01 (Conselho Regional dos Técnicos Industriais) para vistoriar a certificação do local, assim como as condições de trabalho dos funcionários que fazem os reparos.
Segundo o coordenador de fiscalização do CRT 01), Fernando Pulcherio, para o serviço no local ser executado é necessária a presença de um profissional legalmente habilitado para ser responsável pelo andamento do trabalho. Ele disse que esse profissional pode ser de nível superior, registrado no CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul).
Fernando Pulcherio completou que é preciso saber se a CRT de cargo e função deles está vigente e se há RT de execução do serviço que está sendo feita. Pela lei, a Energisa tem o prazo legal de 15 dias para enviar a documentação para o CRT 01, que a partir de então, fará as análises necessárias acerca da obrigatoriedade de um responsável técnico na execução do projeto, assim como o serviço de manutenção.
A Polícia Civil informou que não foi possível identificar o corpo do homem que invadiu por um buraco a subestação de energia da Energisa na Vila Progresso. Ele morreu após uma explosão e incêndio, na madrugada de ontem (5), sendo que, com o corpo ficou carbonizado, as digitais não estão preservadas e foi preciso ser encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).
Um buraco foi feito próximo a cerca externa da Rua Ari Coelho, por onde a vítima fatal entrou. Já dentro da subestação ele ainda teve que romper a concertina de segurança. O corpo foi localizado próximo aos alimentadores de 13.800 volts. A ocorrência foi registrada como furto qualificado com destruição ou rompimento de obstáculo, na forma tentada, morte a esclarecer e dano qualificado.
O fogo e a explosão da subestação foram vistos de longe e chamaram a atenção de moradores que chegaram a gravar imagens tentando entender o que estava acontecendo. O Corpo de Bombeiros informou que desde 2021, quando começou o funcionamento da unidade de alta potência, nunca havia sido invadida.
A explosão ocorreu por volta das 4h30 e o clarão do incêndio foi visto a quilômetros de distância e assustou muita gente. Devido à explosão, a instabilidade na rede de energia também acabou afetando o abastecimento em outras regiões da cidade, causando oscilações e quedas parciais e momentâneas de energia.
Conforme a Energisa, por volta das 6h30, o fornecimento havia sido restabelecido em praticamente toda a região ligada à subestação. Por meio de nota a Concessionária de energia explicou que equipes seguem trabalhando no local.
“A Energisa informa que, neste momento, equipes continuam na manutenção da subestação Progresso em Campo Grande, com 100% dos clientes atendidos na região desde às 6h36 da manhã desta segunda-feira (5/2). A Energisa reforça sua política de valorização à vida e segurança de colaboradores e comunidade com alertas sobre o risco de acessar fios e equipamentos de alta tensão, na subestação e no entorno da estrutura”.