João Amorim devolve chaves de salas em condomínio comercial de luxo para evitar Polícia

O empresário João Amorim, um dos envolvidos na “Operação Lama Asfáltica” com o ex-governador André Puccinelli (MDB), teve de recuar para evitar ação policial. De acordo com o site Campo Grande News, depois de 10 dias de decisão judicial que autorizou uso de força para arrombar imóveis em condomínio luxo usado para fins comerciais, ele entregou chaves das duas salas que tinha no local para que sejam vendidas e, assim, saldar dívidas com a administração do prédio.

João Amorim deve dois anos de condomínio e preferiu não ir pessoalmente ao local para entregar as chaves à Polícia, mandando seu advogado fazer o serviço e assinar documento comprovando que a decisão foi cumprida. A demora ocorreu justamente porque Amorim, ao ser notificado, pediu que a notificação fosse feita à sua defesa, com isso, até que o processo andasse, ganhou uns dias extras para cumprir a decisão do juiz Cássio Roberto dos Santos.

O advogado informou, ainda, que as salas já estão completamente desocupadas. O desfecho acima citado ocorreu após Amorim não quitar taxas condominiais de novembro de 2014 a novembro de 2016. Em março de 2017 a dívida já estava em R$ 63,7 milhões e a quitação foi negociada. O pagamento seria feito em seis parcelas, contudo o empresário só debitou a primeira parcela integralmente e parte da segunda.

Após várias tentativas, conforme explica o responsável pelo condomínio na ação de cobrança, a decisão foi de judicializar a questão em maio de 2018. No mesmo mês, a Justiça determinou o pagamento da dívida, mas em agosto daquele ano ele ainda não tinha sido encontrado para notificação. Na época, a filha do empresário usava as salas, porém, ainda segundo informado nos autos, não prestava informações ao condomínio sobre o paradeiro do pai. Em fevereiro de 2019 o empreiteiro ainda não havia sido encontrado pela Justiça, assim foi até meados de 2020 quando a defesa dele se manifestou alegando que as salas seriam colocadas à venda.

Tempos depois voltou atrás e agora, no final de julho, após o condomínio informar que existem interessados em comprar os imóveis, mas não havia como adentrar as salas porque as chaves foram retiradas da imobiliária por Amorim, a Justiça determinou que, caso as chaves não fossem fornecidas em 48 horas, as salas seriam arrombadas, mesmo que para isso seja preciso acionar a polícia.

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