Apesar de denúncia oferecida pelo MPE (Ministério Público Estadual), o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, decidiu aliviar para o lado do empresário campo-gradense Jamil Name Filho, mais conhecido como “Jamilzinho”, que está preso desde o dia 27 de setembro de 2019 sob acusação de ser um dos líderes de milícia armada responsável por várias execuções em Mato Grosso do Sul.
No dia 15 de junho deste ano, Jamilzinho interrompeu uma audiência judicial realizada por meio de videoconferência e chegou a chamar o delegado João Paulo Sartori, que depunha como testemunha de acusação, de “sociopata”. Na ocasião, o juiz Roberto Ferreira, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, repreendeu o empresário e o MPE decidiu apresentar denúncia pelo ocorrido, alegando que o fato poderia atrapalhar a investigação contra a organização criminosa.
O MPE argumentou ainda que “a interrupção do depoimento e a violência verbal praticada contra a testemunha assumem nítido caráter de intimidação e obstrução da livre coleta da prova”, ainda mais sendo o acusado “líder de organização criminosa de grande periculosidade”.
Porém, conforme matéria publicada pelo site Campo Grande News, a tese defendida pelo MPE não colou e, para o juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, “o fato de eventualmente o denunciado ser perigoso, não leva à conclusão que ocorreu um embaraço nas investigações”.
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