Com essas mortes, o número de assassinatos na região chega a 171 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho, 19 em agosto, 17 em setembro e 16 em outubro e 16 em novembro.
A primeira execução foi do comerciante identificado como Jorge Davalos, que levou um tiro na cabeça quando se deslocava de Herminio Mendoza para Yby Yaú, no Departamento de Concepción, na manhã de ontem (22). A princípio a suspeita era de que o motorista teria batido o veículo, um Kia Soul, em uma árvore, mas depois foi identificado o ferimento por arma de fogo.
Já no período da tarde de ontem (22) foram mortos o fazendeiro Helmut Ediger, de 74 anos, e dois de seus funcionários ainda não identificados, dentro da propriedade rural da vítima, no distrito de San Estanislao, no Departamento de San Pedro, na fronteira com Paranhos (MS).
Um outro funcionário, Eder Cordeiro Machado, de 18 anos, que também tinha sido pego pelos pistoleiros para ser morto, mas conseguiu fugir, levou a Polícia Nacional do Paraguai até o local onde estavam os corpos em uma parte mais afastada da propriedade.
Em julho deste ano, Helmut Ediger também foi feito refém de criminosos que chegaram à fazenda encapuzados e fortemente armados. Na ocasião, ele foi amarrado com fita adesiva e deixado à beira de uma estrada.
O grupo fugiu levando dinheiro e o caminhão da vítima, que na sequência foi encontrado incinerado. A suspeita da Polícia é de que um dos grupos de guerrilheiros que atuam na faixa de fronteira, sejam os responsáveis pelo ataque anterior e pelo sequestro das quatro vítimas.