Alberto Rondon terá de voltar para a cadeia para cumprir pena de 35 anos por mutilar 5 mulheres

Após o ex-médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, 65 anos, ter reduzido em 11 anos a pena por mutilar 190 mulheres em cirurgias plásticas malsucedidas em Mato Grosso do Sul, agora a juíza Eucelia Moreira Cassal, da 3ª Vara Criminal, determinou que ele inicie o cumprimento da 2ª sentença por mutilação e ele terá cumprir mais 35 anos de prisão em regime fechado.

 

Segundo o site O Jacaré, o cirurgião já está preso para cumprir a pena de 13 anos e seis meses em regime fechado por ter causado lesões graves em 12 mulheres entre 1990 e 1999. No entanto, como está se tratando se uma neoplasia maligna na laringe, ele obteve aval do juiz Fernando Chemin Cury, da 1ª Vara de Execução Penal, em abril deste ano, para retirar a tornozeleira para se submeter ao tratamento de quimioterapia e radioterapia.

 

Em agosto, o magistrado estendeu o benefício por mais 90 dias. No dia 5 do mês passado, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, em substituição na 1ª Vara de Execução Penal, negou pedido para o médico ficar em prisão domiciliar. Agora, além dos 13 anos e seis meses, ele deverá iniciar o cumprimento da 2ª sentença e, no total, o médico começará a cumprir a pena de 48 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

 

A pena de 35 anos foi definida pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que reduziu a pena imposta pela juíza Eucelia Moreira Cassal. A magistrada tinha condenado Alberto Rondon a 46 anos de prisão pela mutilação de cinco mulheres e por corrupção no Previsul, que foi extinto e dividido em dois, Cassems e Ageprev.

 

Com 63 anos de idade, caso seja obrigado a cumprir integralmente as duas sentenças, Alberto Rondon ficará atrás das grades até completar 111 anos de idade. Como o processo demorou para transitar em julgado, algumas vítimas do médico morreram antes dele ir para a cadeia. A respeito da prisão domiciliar há um novo despacho do juiz Fernando Chemin Cury no dia 28 de outubro, mas o despacho não está visível ao público porque o advogado de defesa não foi notificado.