A entrada de maconha e cocaína no presídio funcionava com o interno saindo da unidade “escoltado” pelo agente penitenciário e pelo policial militar. O detento puxava uma estrutura onde era instalado o container com lixo até o lado externo. O preso “trocava” parte dos resíduos por tabletes de droga, escondidos nas bordas, tomando o cuidado de deixar parte deles, a fim de mascarar o cheiro. O procedimento durava pelo menos 1 hora
A esposa do preso, que morava perto da Máxima, localizada no Bairro Noroeste, junto a outras três mulheres, eram responsáveis por ‘abastecer’ o container que ficava do lado de fora. Elas eram avisadas por ligação, feita pelo interno, de quando um novo carregamento da droga chegaria. Pelo serviço, a esposa do preso recebia R$ 1 mil. Já o policial militar fazia a vigilância do presídio e garantia o funcionamento do esquema. Foram apreendidos cinco celulares e R$ 70 mil em espécie.
Além da droga, também era ‘transportado’ celulares e bebidas alcoólicas. Equipe de investigação da Denar descobriu que, após o ‘sucesso’ do transporte da droga, o interno saía, junto aos policiais, para almoçar em um restaurante próximo ao presídio. O esquema era feito três vezes por semana. Os autores foram presos em flagrante e vão responder por tráfico e associação para o tráfico, além do policial e do agente, por prevaricação imprópria. Com informações do site Midiamax