Em mais uma noite violenta na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul, pistoleiros fizeram mais duas novas vítimas, matando com mais de 50 tiros de pistola calibre 9 mm os paraguaios Derlis Alen Mendosa, 23 anos, e Guido Villaba Aquino, 27 anos, durante ataque em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz fronteira com Ponta Porã (MS). Ainda junto com as vítimas existiam mais pessoas e uma delas foi levada para o hospital em estado grave.
linha internacional entre Pedro Juan Caballero (Paraguai) e Ponta Porã (MS) teve outra noite de terror pela guerra do crime organizado. O saldo foram três feridos, entre eles um brasileiro, e três homens executados.
Depois da chacina com dois mortos e três feridos, assumida pelo grupo de extermínio autodenominado “Justiceiros da Fronteira”, outro homem foi executado por pistoleiros no bairro Maria Victoria.
O paraguaio Mario Quirino Franco, 41, chegava em casa em um Gol vermelho. Ao subir na calçada para entrar no quintal, foi atacado a tiros de pistola 9 milímetros. Os atiradores estavam de moto.
Conforme a Polícia Nacional, Mario Franco foi atingido por sete tiros e chegou a ser socorrido com vida ao hospital de Pedro Juan Caballero. Por volta de 3h da madrugada, no entanto, os médicos constataram a morte em decorrência dos ferimentos.
Com essas mortes, o número de execuções na região chega a 118 somente neste ano, sendo 14 mortes em janeiro, 10 em fevereiro, 21 em março, 8 em abril, 18 em maio, 16 em junho, 16 em julho e 15 em agosto. Além das mortes, durante o ataque dos pistoleiros, ficaram feridos os paraguaios Gustavo Villalba Aquino, 17 anos, e Roman Vicente Marin, 61 anos, e o brasileiro Paulo César Pavão, 36 anos, sendo que os três foram levados para o Hospital Regional de Pedro Juan Caballero.
Por ora não há detalhes de como ocorreu o ataque nem se os alvos tinham algum envolvimento com o crime na fronteira, porém, o que se sabe até aqui é que os assassinos deixaram um cartaz escrito “Justiciero No Robar P.J.C.” e estavam em uma Volkswagen Amarok, fugindo do local logo após o ataque. O ataque ocorreu no Bairro San Juan Neumann e, por causa do cartaz escrito a mão deixado ao lado das vítimas, se atribuiu ao grupo “Justiceiros da Fronteira”, que no submundo da fronteira rivaliza com os “Guardiões da Fronteira”.