O Procon resolveu fechar o cerco às redes atacadistas que operam em Mato Grosso do Sul e notificou Atacadão, Assai e Fort Atacadista para que, no prazo de 10 dias, apresentem as devidas explicações e esclarecimentos quanto às razões da elevação dos preços de gêneros de primeira necessidade.
Segundo o órgão de defesa dos consumidores, nos últimos dias, recebeu centenas de reclamações solicitando providências que pudessem barrar a prática que a comunidade vem considerando abusiva.
A notificação pontua que foram aplicados aumentos em percentuais bastante consideráveis, se comparados com algumas semanas atrás, principalmente com relação ao arroz, feijão e óleo de soja. Assim sendo, o Procon determina que sejam apresentados todos os documentos comprobatórios necessários para a escorreita apuração dos fatos sob análise.
Na terça-feira (08), foram expedidas 12 notificações, sete para a rede Fort Atacadista, três para o Assai e duas para o Atacadão. O Procon ressalta que, em relação ao Atacadão, uma de suas unidades já tinha sido notificada anteriormente.
Para o órgão de defesa ao consumidor, pode estar ocorrendo vantagens manifestamente excessivas com a elevação dos preços sem causa que possa justificar. A não prestação das informações requeridas na notificação configura conduta infracional consumerista, passível de sanção administrativa.
Organizações que congregam supermercadistas tentam justificar os preços com o fato de ter sido ampliada a exportação devido à valorização das commodities alavancada pelo aumento do dólar. Além disso, elas afirmam que os reajustes chegam em cadeia que envolve o produtor, o distribuidor e o comerciante e, no fim da linha, está o consumidor que é o principal prejudicado.