Zootecnista é presa no condomínio de luxo Damha I com munições e acessórios para armas de fogo

No âmbito da “Operação Traquetos”, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para desarticular quadrilha de tráfico de drogas que contava com rede de batedores e pontos de apoio em várias cidades de Mato Grosso do Sul, prendeu, ontem (8), uma zootecnista, de 42 anos de idade, moradora do condomínio de luxo Damha I, em Campo Grande, com 15 munições de calibre .20, além de uma luneta e um bipé, que são acessórios usados em armas de fogo.

Para os policiais, a zootecnista disse que não sabia sobre as munições e os acessórios, mas, mesmo assim foi levada presa para a Delegacia de Polícia Civil. Além dela, também foi preso um comerciante que tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e foi flagrado com um arsenal na sua residência e na sua oficina mecânica, localizadas na Avenida Guaicurus, em Campo Grande.

Nos imóveis, foram encontradas cerca de 627 munições de diversos calibres, além de uma pistola, três carregadores, uma espingarda, uma carabina, uma mira holográfica e uma luneta. Ainda segundo informações, as munições de calibre .40 e 9 mm tinham indícios de ilegalidades. Um terceiro alvo da ação do Gaeco foi uma mulher de 25 anos, presa na Vila Piratininga,

Os líderes da organização criminosa ficavam responsáveis pela gestão da atividade, contando tanto com apoiadores, muitos dos quais aceitavam movimentar o dinheiro oriundo da traficância, em transações que, apesar de pulverizadas, alcançavam considerável valor financeiro.

Eles ostentavam alto poder aquisitivo e costumavam transitar em veículos de luxo. Por sua vez, os “gerentes” participavam da negociação da droga (aquisição e venda) e até do transporte, sendo próximos dos líderes, que acabavam muitas vezes não tendo contato direto com a substância entorpecente.

Já os “batedores e transportadores” serviam para efetivar o transporte do entorpecente (como regra, maconha), tanto dentro como fora de Mato Grosso do Sul. Por fim, os “guarda-roupas” atuavam como armazenadores da droga na cidade de Campo Grande, até que saíssem com destino a outros estados da Federação.