Vítima do “maníaco do parque” espera que predador sexual não saia mais da cadeia  

A 6ª vítima de José Carlos Santana Júnior, 37 anos, o “Maníaco do Parque das Nações Indígenas”, disse ontem (5), durante depoimento na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), onde foi reconhecer o homem, que após dois anos solto, estuprou e tentou abusar de seis mulheres, que estava aliviada e que o predador sexual não seja mais solto.  

 

Imagens mostram ele perseguindo a jovem na Avenida Marquês de Pombal, no Tiradentes, pouco depois das 8h da manhã. Sentada na cadeira de espera na delegacia, a jovem de 24 anos conversou com a reportagem e relatou os minutos de desespero que viveu na manhã do dia 27 de setembro.

 

Segundo a vítima, ela saiu de casa para ir trabalhar e durante o trajeto que faz a pé, por volta das 8h30, no Bairro Tiradentes, José Carlos parou o carro, desceu e começou a persegui-la. “Ele começou a andar atrás de mim, fingindo falar no celular, mas falava muitas besteiras, barbaridades”, relembrou a jovem.

 

A mulher percebeu que ele estava bem próximo dela e começou andar mais rápido, momento em que o maníaco passou a falar ainda mais besteiras. “Ele me chamou para transar, mas eu ignorei e continuei andando. Ele falou ‘você quer ver que vai transar comigo’”, relatou a jovem com semblante de desespero.

 

No momento em que era perseguida, a jovem lembra que na rua tinha apenas um carro parado e comércios abertos. “Eu estava tão desnorteada que não pensei em entrar e pedir socorro”, afirmou.

 

José Carlos entra no carro e continua perseguindo a vítima do Bairro Tiradentes até a Chácara Cachoeira. “Tinham três mulheres na rua, mas não deram muita atenção por pensarem que era briga de casal. Porque ele ficava me chamando e eu discutia com ele”.

 

O maníaco só parou de perseguir a jovem quando próximo ao local em que ela trabalha, a vítima mentiu que o marido estava no prédio. “Nisso ele foi embora, fiquei muito assustada com a situação, liguei para minhas amigas do trabalho, para meu marido e contei o que tinha acontecido”.

 

 

Na última sexta-feira (29), a mulher foi até a Deam e registrou boletim de ocorrência. Na terça-feira (3), a jovem soube da prisão do maníaco através dos amigos.

 

“Ao mesmo tempo que estou aliviada, estou muito triste e assustada com tudo isso. É uma situação que nunca imaginei passar. Espero que nunca mais ele saia da prisão, porque assim como eu, tiveram várias outras vítimas”, finalizou.