Prefeito de Ivinhema cancela festa do peão depois que MPE abriu investigação. Vai vendo!

O prefeito de Ivinhema, Juliano Barros Donato, mais conhecido como “O Prefeito Mais Louco do Brasil”, decidiu cancelar festa do peão no município, que tinha sido antecipada de novembro para abril, depois de entrar na mira do MPE (Ministério Público Estadual) pela suspeita de usar recursos públicos para autopromoção.

Nas redes sociais, onde tem 880 mil seguidores, Juliano Ferro justificou o cancelamento a uma denúncia “dessa oposição suja, dessa oposição velha de Ivinhema”. Devido à investigação, ele diz que foi orientado pela assessoria jurídica da Prefeitura a cancelar a festa no próximo mês e deixá-la para novembro, data em que normalmente é realizada.

Com isso, ela acontecerá depois da eleição de outubro, quando Juliano Ferro tentará mais quatro anos de mandato. A denúncia da oposição suja à qual ele se refere resultou na abertura de dois inquéritos do MPE para apurar “eventual prática de promoção pessoal com emprego de recursos públicos em afronta a Constituição Federal e Lei de Improbidade Administrativa”.

De acordo com o promotor de Justiça Daniel do Nascimento Britto, “a participação do prefeito nos eventos não se resumiu apenas ao tradicional e aceitável cumprimento e felicitações aos presentes, mas foi muito além, contando com participação incomum, ocasiões que subiu ao palco para cantar e dançar junto com os artistas contratados, além de agir como uma espécie de animador dos eventos”.

Em um segundo inquérito, o promotor de Justiça abriu investigação para “apurar eventuais ilegalidades em processos de inexigibilidade de licitação para contratação de artistas pelo Município de Ivinhema nos anos de 2021, 2022, 2023 e 2024”. E, conforme a suspeita do promotor, o prefeito teria utilizado recursos públicos para organizar festas nas quais aparecia como “animador de eventos” somente para promoção pessoal.

No vídeo postado nas redes sociais, o prefeito pede perdão aos “comerciantes, hoteleiros, barraqueiros, empresários pelo estrago que nossa oposição faz, não a mim, mas à administração e aos nossos comerciantes”, que, segundo ele, já estavam preparados para a festa em abril. Com informações do Correio do Estado