A tecnologia dos transgênicos também chegou ao tráfico de drogas na região da fronteira entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul. Em operação da Senad (Secretaria Nacional Anti-Drogas do Paraguai) culminou, nesta semana, com a descoberta de uma nova variedade de maconha criada em laboratório e a destruição de 413 toneladas da droga. Essa nova maconha é de cor lilás e foi levada ao laboratório para os estudos e identificação pertinentes.
Durante a “Operação Amambay II”, que contou com o apoio da força aérea e do Ministério Público do Paraguai, os agentes especiais da Senad encontraram, nas colônias próximas à cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), a nova variedade de maconha plantadas nas áreas das fazendas “Alpasa”, “Cerro 21”, “Chiriguelo” e “Colônia Santa Clara”, locais considerados de grandes concentrações de plantios de maconha.
Acompanhados pelo promotor de Justiça Armando Cantero, os agentes especiais destruíram 124 acampamentos do narcotráfico, onde foram encontrados 113,7 mil quilos de maconha prontos para serem comercializados, 52 prensas rusticas, 770 quilo de sementes de maconha e 34 quilos de haxixe, que foram incinerados nos locais da apreensão. Ainda durante o operativo, foram destruídos 92 hectares plantados com maconha.
A operação deu um prejuízo aproximado de US$ 12,4 milhões aos narcotraficantes que atuam na região de fronteira ao evitar a circulação de mais de 413 toneladas de maconha que teriam como principais mercados consumidores Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.