Além dos quatro, também ficaram feridos Bruno Elías Pereira Sánchez, 20 anos, Iris Esiely Molinari Villasboas, 21 anos, e Rhafaelli Alves do Nascimento, 20 anos. Os três pistoleiros responsáveis pela chacina usaram fuzis AK-47 calibre 7,62 mm, que foram disparados 57 vezes, e um fuzil AR-15 calibre 5,56 mm, que foi disparado 50 vezes contra as vítimas que estavam em uma SUV Chevrolet Blazer, de cor branca, com placa do Mercosul PSR 8D12, brasileira e cadastrada em Navegantes (SC).
A ação dos pistoleiros e de outros crimes nos últimos dias colocou a polícia brasileira e estado de atenção e desde ontem várias barreiras estão sendo montadas nas rodovias que ligam a fronteira as outras regiões de Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, o verdadeiro alvo era o narcotraficante Osmar Vicente Álvarez Grance, mais conhecido como “Bebeto”, que recebeu a maior parte dos tiros, enquanto as outras vítimas foram danos colaterais. Ele teria traído a facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), desviando drogas do grupo criminoso e a punição foi a execução. Além disso, Bebeto era informante da Polícia e teria denunciado o líder do PCC na fronteira, Weslley Neres dos Santos, mais conhecido como “Bebezão”, preso no dia 23 de março deste ano.
A Polícia do Paraguai também trabalha com a hipótese de que Bebeto participou do assassinato de Marco Esquivel González, mais conhecido como “Marquito”, no dia 15 de agosto deste ano em Pedro Juan Caballero, sendo que a esposa dele, Lorena Concepción, também morreu no ataque. Ele era sobrinho de Cornelio Esquivel Maldonado, mais conhecido como “Mitú”, um dos chefes do crime organizado na fronteira. Outra hipótese é de que Bebeto teria várias dívidas com fornecedores de drogas na fronteira e não estava conseguindo pagá-las.