Polícia Civil revela que criminosos se passam por advogados para extorquir pelo WhatsApp

A Polícia Civil emitiu alerta aos moradores de Campo Grande (MS) que criminosos estão usando nomes de escritórios de advocacia para aplicar o golpe da falsa cobrança via WhatsApp.

Conforme o delegado de Polícia Civil Rodrigo Camapum, os bandidos abordam clientes pelo Whatsapp pedindo pagamentos antecipados via Pix e, em troca, concederiam redução de dívidas.

Para não cair no golpe, as pessoas têm de ficar atentas com o fato de os estelionatários usarem o ponto fraco das vítimas, que são dívidas com valores altos. Eles prometem reduzir em 40% ou até mesmo 60% o valor a ser pago, bastando fazer uma transferência via Pix.

O delegado explicou que os criminosos se passam pelo advogado do escritório onde a vítima é cliente, pede documentações e fornece boletos. O público-alvo dos criminosos são idosos, pois eles acreditam que pessoas com mais idade não têm acesso a informações.

Com propostas mirabolantes de quitação da dívida, os idosos acabam caindo no golpe, sendo que dezenas de boletins de ocorrências são registrados semanalmente pelo crime de estelionato na Capital. Ele enfatiza ainda que os criminosos andam migrando de pequenos furtos e roubos para o crime de estelionato em que a condenação é menor e o lucro é maior.

A pena é de 1 a 5 anos de prisão, no caso do roubo de 4 a 10 anos, porém, muitas das vezes, os criminosos são de outros estados, dificultando o trabalho da Polícia Civil. Por isso, é importante que as pessoas saibam que o advogado contratado pelo escritório não pode entrar em contato com o cliente via telemarketing, pois a prática é uma violação ética.

A dica é simples é para que o cliente sempre avalie se o banco indicado no boleto é o mesmo onde ele tem dívidas. Ao receber mensagens ou ligações pedindo a chave Pix, não passe o CPF.

Não forneça informações como senhas, dados de cartões e contas bancárias, número de documentos por telefone ou Whatsapp de empresas, instituições, escritórios de advocacia e desconhecidos. Verifique se o contato está sendo feito pelos telefones oficiais daquela instituição.

Em alguns dos casos, os criminosos obtêm acesso ao processo da vítima, verificam qual o nome do advogado responsável, passam a ligar. Nesse caso, a pessoa deve entrar em contato com o escritório e relatar o ocorrido.