O promotor de Justiça antidrogas do Paraguai, Hugo Volpe, disse que com a morte de Jorge Rafaat ocorrida numa ação cinematográfica há mais de 2 anos em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã em Mato Grosso do Sul, o poder do narcotráfico está mudando de mãos na região.
Outros dois fatores estão contribuindo para que isso aconteça de forma rápida. A prisão de Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como “Gallant” e a recente extradição de Jarvis Chimenes Pavão, fez surgiu um novo chefão do narcotráfico no departamento de Amambay.
Trata-se de Sergio de Arruda Quintiliano Neto, também conhecido como “Minotauro”.
O assunto veio à tona depois do assassinato do tio de Pavão ontem em Pedro Juan Caballero.
Francisco Ximenes foi morto com 3 tiros de escopetas e os bandidos, cerca de 10, invadiram a casa e dispararam mais de 190 vezes.
(veja matéria abaixo)“De acordo com informações que estão dirigindo o Departamento de Inteligência e agências de segurança, a equipe de Minotauro está empenhada em eliminar o clã Pavão que tenta resistir na fronteira. Ele está ganhando a guerra pelo espaço do poder “, disse o promotor.
Na análise da autoridade paraguaia, Minotauro representa o PCC na região e em breve deve assumir o poder do crime organizado na fronteira com o Brasil. “O PCC está agora em um período de expansão e está tomando as rotas de produção de tráfico e de maconha na zona norte”, disse Volpe.
De fato, ele disse que as mortes de Rafaat e pessoas ligadas ao Pavão são atribuídas ao Minotauro.
Quanto ao paradeiro do ‘capo’ da fronteira, ele disse que a informação está disponível, mas ele preferiu não revelá-la.
