William Belmonte mudou-se para o interior do Estado para trabalhar na construção de uma piscina, mas acabou sendo preso e ficou seis meses detido. Conforme a advogada dele, Eleudi Silva, a prisão teria acontecido por não comparecer à Justiça para dar explicações por conta de um acidente de trabalho, no qual ele responde em liberdade.
No tempo em que ele esteve ausente, a mãe da criança iniciou o relacionamento com o homem de 24 anos, que também está preso e é apontado como o responsável pelos ferimentos que levaram à morte cerebral da criança. O pai biológico contou que ficou sabendo do caso pela internet e precisou da ajuda de familiares para se deslocar até Campo Grande.
“Eu descobri pela internet, né? Quando eu fiquei sabendo liguei, e ela [uma parente que preferiu não se identificar] me ajudou a vir aqui. Eu não sabia de nada, estava preso. Fiquei triste, é um filho meu”, desabafou William Belmonte, que também é o pai biológico da irmã da criança, uma menina de 4 anos de idade, que também vivia com a mãe e com o padrasto.
“O pai da criança é trabalhador, paga pensão e está buscando nesse momento a guarda delas”, disse a advogada. Questionado sobre a possibilidade de apenas a mãe ser culpada pelas violências contra a criança, o homem disse suspeitar de que o padrasto também tenha participado das agressões. “Acho que foram os dois. Eu quero justiça, quero ver quem fez isso pagar”, afirmou.