O pacotão de leilões de rodovias federais que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) pretende realizar ainda neste primeiro semestre inclui os 845,9 quilômetros da BR-163 que cortam Mato Grosso do Sul.
Ao todo, o governo federal espera arrecadar R$ 106,4 bilhões em concessões no segmento de transporte que será repassado à iniciativa privada neste ano. O processo de repactuação contratual da BR-163 no Estado já foi aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e é um dos mais adiantados do pacotão.
A expectativa é de que os investimentos na rodovia totalizem R$ 12 bilhões, com a duplicação de pelo menos 170 quilômetros entre as cidades de Nova Alvorada do Sul, no entroncamento com a BR-267, e Bandeirantes, no entroncamento com a BR-060, passando por Campo Grande, onde o atual Anel Viário também será duplicado. Também está prevista a construção de uma terceira faixa em outros 190 quilômetros da rodovia, entre outras melhorias.
Sobre o pacotão do governo federal, a maior parte dos recursos está concentrada em contratos antigos que estão sendo renegociados entre as empresas e o governo. No caso específico da BR-163 em Mato Grosso do Sul, antes de os termos da repactuação contratual serem submetidos ao TCU, eles foram negociados entre o Ministério dos Transportes e a concessionária MSVia, subsidiária do grupo CCR.
Além dos R$ 12 bilhões de investimentos previstos na BR-163, o governo federal também espera outros R$ 48 bilhões em investimentos em outras rodovias renegociadas e mais R$ 34,16 bilhões em rodovias que ainda não foram repassadas à iniciativa privada.
Esta parte específica do pacote inclui rodovias federais cedidas a governos estaduais, cuja modelagem do contrato e elaboração do edital são feitas pelos estados, como no caso da Rota da Celulose, em Mato Grosso do Sul (BRs 262 e 267 e MS-040), e de vários lotes de rodovias federais no Paraná.
Também há a previsão de 21 concessões de portos no país, cujo total previsto de investimento privado é de R$ 8,54 bilhões. Há ainda previsão de concessões de pequenos aeroportos: 51 unidades, com mais R$ 3,4 bilhões em investimentos previstos.