O empresário Jamil Name, o filho dele, Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo, José Moreira Freiras, Juanil Miranda Lima, Marcelo Rios e Eurico dos Santos Mota viraram réus no processo sobre a execução do acadêmico de Direito, Matheus Coutinho Xavier, de 20 anos, filho do capitão PM Paulo Roberto Teixeira Xavier.
A denúncia contra Jamil Name e os outros seis foi aceita pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Além disso, o magistrado definiu para os dias 2 e 3 de março de 2020 as audiências de acusação. O grupo é investigado por formação de milícia ligada a execuções na Capital e, neste processo especificamente, responde por homicídio, porte de arma e receptação.
Matheus Coutinho Xavier foi morto por volta das 18 horas do dia 9 de abril, em frente de sua residência, no Jardim Bela Vista. Conforme denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), Jamil Name e o filho foram os mandantes do crime. Vladenilson e Marcelo Rios foram intermediários entre os mandantes e executores, e José e Juanil cometeram o homicídio.
Eurico, por sua vez, foi responsável por levantar dados referentes à localização da vítima pretendida, bem como sua posição em tempo real. Na data dos fatos, os pistoleiros executaram Coutinho com tiros de Ak-47 por engano, acreditando se tratar do pai dele. O alvo na verdade, era o capitão reformado da PM, que tinha desacertos com os Name.
Conforme relatado pelo Ministério Público, Jamil Name e o filho, motivados por interesses pessoais, geralmente de ordem financeira, agiam eliminando desafetos. Vladenilson e Marcelo Rios atuavam como gerentes do grupo, sendo responsáveis por receber ordens dos líderes e repassá-las aos demais, articulando e fornecendo suporte.
“Sem prejuízo da defesa escrita e por se tratar de réus presos, bem como considerando o princípio da duração razoável do processo, desde já designo audiência para oitiva das testemunhas de acusação, evitando-se com isso demora na tramitação do processo”, disse o juiz em sua decisão.
Ao todo, serão 15 testemunhas de acusação. No dia 2 de março serão ouvidas nove testemunhas e no dia 3, seis testemunhas, incluindo policiais que participaram das investigações. “A audiência para ouvir as testemunhas de defesa e interrogatório dos acusados será agendada após a defesa preliminar, quando ter-se-á as testemunhas arroladas pelos réus”, detalha o magistrado.